“Quando se tem o apoio de alguém que acredita em você, as coisas são diferentes”, compartilha Mickaele Barbosa, reeducanda que há seis meses trabalha na Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris). Graças ao setor de Reintegração Social da Seris, ela faz parte do grupo dos mais de 700 custodiados inseridos na sociedade com trabalhos dignos. Em Alagoas, mais de 20% dos apenados que cumprem pena nos regimes aberto e semiaberto estão empregados.
Casada e com uma filha de nove anos, Mickaele Barbosa afirma que a oportunidade recebida é essencial no seu processo de ressocialização. “A chance de ter este trabalho como auxiliar administrativa é maravilhosa, principalmente por ser uma área que eu gosto e pretendo dar continuidade. Futuramente quero fazer faculdade de administração”, disse.
O desejo de mudar de vida e o apoio recebido para enfrentar as adversidades veio da Seris, como explica. “Conclui o Ensino Fundamental no sistema prisional. Aqui fora vou ‘correr’ para terminar o Ensino Médio. Já falei com a equipe da Reintegração sobre o meu desejo em voltara a estudar e todos me deram força. Hoje mesmo farei minha matrícula na rede de ensino estadual”, completa.
Recomeço – Essa mudança de vida impacta diretamente no fortalecimento dos vínculos familiares. “Apesar de ser nova, minha filha tem essa percepção da importância do trabalho e da liberdade. Ela não precisa mais me visitar no presídio, passa o final de semana comigo, sabe que eu estou no caminho certo”, relata Barbosa.
“Sem o apoio da Seris seria muito difícil. Agradeço muito pelas pessoas que Deus colocou na minha vida, pois são pessoas maravilhosas que proporcionaram oportunidades para recomeçar e acreditar que a gente pode construir uma história digna e feliz, reparando um erro do passado”, finaliza.
Referência nacional – Com 33 parceiros entre instituições públicas e empresas privadas, Alagoas é líder em inserção de reeducandos no mercado de trabalho. Vale ressaltar que além de fiscalizar os serviços, a Reintegração Social fomenta ações voltadas para educar e profissionalizar os trabalhadores através de cursos. Esses fatores refletem na diminuição da violência e na taxa de reincidência criminal inferior a 1% entre os conveniados.