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Brasil/Mundo

Air France 447, tecnologia é arma na luta contra o tempo

Noticiado o desaparecimento do Airbus A330-200 da Air France, que fazia o voo 447 Rio-Paris na noite do dia 31 de maio com 228 pessoas a bordo, um desafio já parecia inevitável: localizar vítimas e destroços da aeronave no meio do oceano Atlântico. Desde então, Aeronáutica e Marinha do Brasil empregam suas mais altas tecnologias na tarefa, que já resultou no resgate de quase 50 corpos do mar.
O mau tempo, as fortes correntezas e a falta de informações sobre o destino do avião dificultam as buscas pelo ponto exato do acidente. Por isso, autoridades brasileiras utilizam equipamentos de ponta, em uma operação que hoje conta com 585 militares da Marinha e 255 da Aeronáutica.

Ao todo, 12 aeronaves e sete navios brasileiros participam das buscas, concentradas onde o avião teria caído. Somente esta região tem cerca de 70 quilômetros de raio.

“A área de buscas é imensa. Alguns avistamentos foram feitos durante a primeira semana, mas não poderíamos falar antes da confirmação. Quando encontramos os primeiros corpos, tivemos a certeza de que o trabalho foi bem conduzido”, afirma Jorge Amaral, vice-chefe do Centro de comunicação da Aeronáutica.

Pelo ar
A Aeronáutica deslocou 12 aeronaves até o arquipélago de Fernando de Noronha, onde foi montada a base militar das operações, com controle feito do Cindacta 3, no Recife.

Entre elas, está o modelo R-99, de fabricação nacional, capaz de fornecer imagens e informações eletrônicas sobre objetos na superfície do mar, rastreados pela temperatura. O modelo fabricado pela Embraer é apontado por especialistas como uma das aeronaves de sensoriamento remoto mais avançadas do mundo.