Cansado de tanta discriminação, jovem que foi agredido publicou o caso nas redes sociais
Um estudo divulgado pelo Grupo Gay de Alagoas (GGAL) assustou a população LGBTTT, sigla usada para gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, transexuais ou travestis.
A pesquisa revelou que o estado alagoano registrou 75 casos de agressão física motivada por questões homofóbicas só no primeiro semestre deste ano. Sete pessoas acabaram morrendo.
Arapiraca foi o município que registrou o caso mais recente. Na última quinta-feira (23) o sushiman Fernando Henrique da Silva, de 22 anos, foi a vítima da vez.
Cansado de tanta discriminação, o jovem, que foi agredido com chutes e socos, publicou o caso nas redes sociais. Apesar da gravidade dos ferimentos, Silva não denunciou o caso à polícia.
De acordo com Gustavo Xavier, delegado regional de Arapiraca, a polícia só pode interferir em algo após receber a denúncia.
“Qualquer xingamento ofensivo a gente deve interpretar como um delito de difamação e injúria. Tem também as agressões físicas. Mas a gente só tem informação quando a pessoa faz o Boletim de Ocorrência. De fato, existem pessoas que não acreditam que a denúncia dê em algo, mas é muito importante que esses fatos cheguem ao conhecimento da polícia”, diz o delegado.
Quem for vítima de qualquer tipo de preconceito pode ir pessoalmente à sede da comissão, que funciona no prédio da OAB, no centro de Maceió, ou através do “Disque Direitos Humanos”, pelo número 99104-7116, ou através do 3023-7200.