A partir desta terça-feira (30), cerca de 2.800 bancários das mais de 200 agências de Alagoas cruzam os braços e deixam de atender a população. A greve nacional abrange 18 estados. Durante o período, apenas a área de autoatendimento estará funcionando.
Os bancos orientam que as pessoas corram para quitar suas contas com vencimento próximo. O presidente do Sindicato dos Bancários de Alagoas alerta que não existe previsão de retorno aos trabalhos.
Durante o primeiro dia de paralização, os grevistas farão piquetes nas portas das agências da capital, buscando orientar os clientes e alertar sobre a greve. Outros detalhes da paralização vão ser definidos após nova assembleia na capital.
Nas primeiras negociações com o patronato, os bancários não aceitaram a proposta de 7,35%. Eles reivindicam 12,5% de reajuste. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não sinalizou para uma nova proposta.
O sindicato da categoria avisa que no primeiro dia a área de autoatendimento estará funcionando, não sabendo se nos dias seguintes estarão recebendo clientes. Os bancários da inciativa privada e pública pedem melhorias nas áreas de saúde, segurança e mais postos de trabalho.
Pauta do movimento
> Reajuste salarial de 12,5%;
> PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247;
> 14º salário;
> Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);
> Gratificação de caixa: R$ 1.042,74;
> Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo;
> Vale-cultura: R$ 112,50 para todos;
> Fim das metas abusivas;
> Combate ao assédio moral;
> Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde;
> Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria;
> Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.