A Agência Brasil foi uma das vencedoras da 3ª edição do Prêmio Abmes de Jornalismo, com a reportagem Ingresso de indígenas em faculdades é nove vezes maior do que em 2010, da repórter Mariana Tokarnia e edição de Lilian Beraldo. O texto venceu na categoria Internet Nacional, uma das oito contempladas pela premiação.
A reportagem conta a história de Maritana Silva dos Santos Neta que, aos 35 anos, estuda engenharia civil. A indígena do povo Tuxá de Banzaê, da Bahia, conseguiu alcançar o sonho que mantinha desde os 16 anos, quando garantiu uma bolsa de 50% na Faculdade Zacarias de Goés, no município baiano de Valença.
Mariana Tokarnia descreveu dificuldades enfrentadas por estes povos para entrar no ensino superior e, depois, continuar os estudos. A repórter ainda destaca dados nacionais do Censo da Educação Superior, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), de 2017, com o registro de 6,7 mil indígenas matriculados no ensino superior do país. O número equivale a 0,68% do total de 8,3 milhões de estudantes matriculados nessa etapa.
Prêmio
O prêmio, organizado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), tem como objetivo incentivar a produção de reportagens e matérias que abordem a educação superior no Brasil.
Jornalistas de todo o país concorreram aos prêmios que totalizam R$ 100 mil, distribuídos em oito categorias: Impresso (Nacional e Regional), Internet (Nacional e Regional), Rádio (Nacional e Regional) e TV (Nacional e Regional).
A reportagem da Agência Brasil foi veiculada em abril deste ano. Em julho, foi indicada como uma das 24 finalistas, entre 296 reportagens inscritas.
As reportagens foram selecionados por uma comissão composta por três membros da Academia Brasileira de Letras (ABL): o educador, jornalista e escritor Arnaldo Niskier; o advogado, jornalista, professor, ensaísta e poeta Marcos Vilaça; e o jornalista Merval Pereira. A comissão se reuniu na última quinta-feira (4), no Rio de Janeiro.