A Agência de Fomento de Alagoas (Afal) tem potencializado em várias regiões do Estado o apoio ao desenvolvimento produtivo em quatro frentes prioritárias. Mas o foco é oferecer à parte empreendedora das populações de baixa renda, os serviços financeiros em bases socialmente justas e ecomicamente sustentáveis.
As outras frentes de atuação da Afal são o crédito para o Programa de Arranjos Produtivos Locais (APLs), a Central de Autônomos e o crédito de compras governamentais.
No comando dessas ações de redirecionamento da economia dos pequenos e microempreendedores está Fábio Leão, diretor de Desenvolvimento e Projetos da Afal, que traz nesta edição do suplemento de notícias do Diário Oficial do Estado novidades e ressalta o que já foi implantado em termos de política de crédito e de cooperativismo da agência.
Agência Alagoas – O que tem de novidade em termos de política de crédito que tenha a Afal no gerencimento do processo para novos saltos na economia do prequenos e microempreendedores?
Fábio Leão – Estamos lançando até o início de setembro, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o edital para incentivar projetos na área de Tecnologia da Informação (TI), direcionado aos pequenos e miciroempreendedores. Esse edital terá como público-alvo estudantes e profissionais com projetos voltados em TI, com foco na industrialização desse setor de nossa economia, o que promete gerar qualidade e eficiência.
AA – E qual o bônus que o governo dará aos profissionais e estudantes que apresentam os melhores trabalhos?
FL – Ainda estamos estruturando esse edital, mas, com certeza, deveremos premiar os melhores trabalhos voltados a esse fim, principalmente para termos condições de eliminar os maiores gargalos nessa área, com novos softwares, uma vez que tecnologia atualmente é elemento fundamental para se aliar à qualidade do que se produz, também em ato contínuo pelos pequenos e microempreendedores do Estado.
AA – Como está o programa aberto recentemente para outro edital voltado a propostas de apoio a microcrédito com o objetivo de expandir as operadoras nesse ramo do crédito em todo Estado?
FL – Nesse programa específico, conseguimos mapear onze operadoras com perspectivas de agregar outras instituições no processo, uma vez que o edital ficará em em aberto até o dia 20 de julho. A intensão desse mapeamento é que, à medida que mais operadoras e cooperativas se engajem nesse projeto de expansão do crédito, mais a economia se movimenta gerando mais circulação de dinheiro, uma vez que elas são representantes da Afal junto aos empreendedores espalhados no Estado. Do ponto de vista dos pequenos comerciantes, eles passam a criar a cultura da ‘bancarização’, se entrosando com a linguagem bancária, o que é bom também para o banco parceiro, no caso do Banco do Brasil, instutuição autorizada para esse tipo de crédito.
AA – E quem ganha com esse mapeamento?
FL – Todos saem ganhando, porque o programa é voltado para esses empreendeores que têm como principal vantagem os juros mais baixos do mercado – em torno de 0,5% – para investir e adquirir capital de giro. No lado das operadoras, enquanto representante da Afal nessas cidades, essas instituições passam a ser parceiras do governo, uma vez que, com a adesão às regras do programa do microcrédito passam a ser referência para os atuais e, principalmente, futuros empreendedores. Um detalhe importante é que a Afal contratou uma empresa para dar consultoria no sentido de acompanhar todo esse processo fazendo uma seleção de quais operadoras mais se destacam na facilitação do crédito.
AA – Quanto o governo está investindo nesses financiamentos de créditos para fazer girar a economia?
FL – Os recursos totais estão na ordem de R$ 7 milhões, provenientes do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep).
AA – Como estão os APLs, um dos programas mais importantes do governo na questão do microcrédito?
FL – Desde setembro do ano passado fizemos uma ampla pesquisa para identificar quantos são e quais são os principais gargalos nesse setor. Hoje, são 14 APLs e, para isso, o Sebrae tem sido um parcerio importantíssimo neste trabalho. A principal notícia é que estamos com linhas específicas de créditos para esses empreendedores visando dar mais qualidade à produção desses pontos de Arranjos Produtivos Locais no Estado.