×

Política

Aécio: relação de Dilma com PT “é uma grande incógnita”

Ex-governador de Minas Gerais que deixou o cargo com popularidade recorde para a disputa eleitoral – possivelmente ao Senado -, Aécio Neves (PSDB) afirmou que a relação da pré-candidata do PT à Presidência da República com as posições de seu partido “é uma grande incógnita”. “Ela terá que dizer aos brasileiros exatamente o que pensa de modelo de Estado, das instituições democráticas, da liberdade de imprensa, do aparelhamento do Estado e desse inchaço da máquina pública”, disse ele, em entrevista publicada hoje no jornal O Estado de S. Paulo.

O tucano mineiro afirmou que Dilma será questionada sobre o posicionamento do PT em relação a políticas “estatizantes”, que, segundo ele, “muitas vezes insinua ações de restrição à liberdade de imprensa e às conquistas democráticas”. “Ela terá que demonstrar durante a campanha como será a relação com o PT, como virá o PT ideológico do Estado máximo e que presença o PT dos problemas éticos terá no governo.”

Sobre o debate Serra x Dilma, Aécio acredita que será positivo o debate entre os modelos de gestão do PSDB e do PT. “Vamos contrapor esses dois modelos e acho que temos grandes vantagens. Lula será sempre reconhecido pelo Brasil como um presidente extremamente importante em um momento da nossa história. A perpetuação do PT no poder não é boa para o País”, disse. “Não há hipótese de interromper programas que estão dando certo, mas podemos aprimorá-los.”

Ele disse também que está “absolutamente engajado na campanha” de Serra e que quer começar a campanha do paulista por Minas Gerais. “É um gesto simbólico, para demonstrar de forma clara que estaremos juntos independentemente da minha posição e da candidatura que eu venha a disputar.” Os dois vão se reunir neste início de semana para marcar a data. Aécio vai propor dia 19.

Ao mesmo tempo, o tucano adverte que não promete vitória a Serra. “Prometo o empenho. Ninguém induz o voto do eleitor, que é livre para fazer suas escolhas”, disse Aécio. “Vou tentar demonstrar que, para Minas e para o Brasil, a eleição de Serra é muito melhor.