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Alagoas

Advogados suspeitos de corrupção serão monitorados por tornozeleira eletrônica

Advogados podem deixar a carceragem da PF em Maceió, ainda nesta terça (31)

Os advogados Júlio César Castro e Jorge Augusto Granjero Carnaúba, este último, procurador de Marechal Deodoro, ambos suspeitos de cobrar para influenciar uma decisão judicial que poderia soltar os suspeitos de assassinato, Janadaris e Sérgio Sfredo, podem deixar a carceragem do Polícia Federal ainda nesta terça-feira (31).
Por decisão dos juízes que integram a 17ª Vara Criminal da Capital, eles ganham a liberdade, mas passam a ser monitorados por tornozeleira eletrônica.

Os advogados de defesa dos investigados pediu que à Justiça seguisse o estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde dispõe que eles só podiam ficar presos em cela de Estado Maior, especial. Sem vagas, ambos ficaram na carceragem da PF, no bairro do Jaraguá.

Por não existir vagas em Alagoas em celas especiais para este tipo de prisão, os juízes decidiram pela liberdade, o que deve ocorrer nesta terça-feira (31).

Denúncia

Os investigados foram detidos na última quinta-feira (26), na Praia do Francês, município de Marechal Deodoro, depois de uma denúncia à Polícia Federal, que informava que eles teriam cobrado R$ 200 mil para soltar Janadaris e Sérgio, apontados pela polícia como os autores intelectuais da morte do advogado Marcos André Deus de Félix, crime ocorrido em 2014.

Os advogados Júlio César Castro e Jorge Augusto Granjero Carnaúba foram presos em um posto de combustíveis e com eles, R$ 100 mil. A Polícia Federal informou à imprensa que a quantia seria usada na tentativa de influenciar a decisão de soltura. O restante do valor deveria ser entregue quando os suspeitos de envolvimento no homicídio ganhassem a liberdade.

A Polícia Federal em Alagoas já se reuniu como o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, para tratar da investigação em que um magistrado é citado.