Fórum Desembargador Alfredo Gaspar de Mendonça, em Penedo - Foto: aquiacontece.com.br
O segundo dia do julgamento do caso Roberta Dias começou com o depoimento dos delegados Cícero Lima e Rubens Natário, que, em momentos diferentes, conduziram o inquérito policial, o qual durou anos para ser concluído.
Logo no início do julgamento, a defesa de Karlo Bruno pediu a dispensa de todas as testemunhas arroladas pelos advogados do réu, julgando não ser mais necessário ouvi-las.
Em seguida, como testemunha do juízo, foi ouvido o delegado Cícero Lima, que presidiu uma comissão de delegados criada para investigar o caso, após os trabalhos terem sido iniciados pelo delegado Rubens Natário.
Mesmo afirmando que “não se recordava” dos fatos em quase todas as perguntas formuladas pelas partes, o delegado declarou que, hoje, não restam dúvidas de que os policiais presos, acusados de terem participado do crime, não tinham nenhuma relação com o caso.
Cícero Lima também não soube responder quando questionado a respeito dos “equívocos” cometidos durante a investigação, tampouco explicou por que demorou tanto a adotar as medidas cabíveis após o recebimento do áudio com a confissão de Karlo Bruno.
Já o delegado Rubens Natário explicou que vinha trabalhando no caso, realizando diligências e ouvindo, inclusive, o médico de Roberta, quando, de repente, foi afastado da investigação, que passou a ser conduzida pela comissão presidida pelo delegado Cícero Lima, atualmente servidor aposentado.
Rubens Natário afirmou que nunca quis ser afastado do caso e que tinha plena convicção de que conseguiria elucidá-lo, caso continuasse à frente das investigações.
O ex-delegado de Penedo também lamentou a prisão de policiais civis de sua equipe, como resultado de uma investigação que, segundo ele, foi atípica, na qual, sem nenhuma prova ou fundamento, retirou-se a liberdade de agentes que, anos depois, chegaram a ser condecorados pelo Governo de Alagoas pelos relevantes serviços prestados à Segurança Pública.
