Prejuízo identificado até o momento é de quase R$ 500 mil
A Polícia Federal em Alagoas deflagrou nesta terça-feira, 24 de julho, a Operação Partenon, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada em fraudar o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O esquema contava com o envolvimento de escritório de advocacia e possível participação de servidor do órgão federal.
Com apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária – COINP da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, cerca de 30 policiais federais deram cumprimento a seis mandados de busca e apreensão.
A investigação teve início em 2015, mediante denúncia encaminhada à Polícia Federal e à Gerência Executiva do INSS em Maceió, na qual foi apontada possível manipulação para concessão e manutenção de benefícios de auxílio-doença.
Com o decorrer dos trabalhos investigativos, evidenciou a existência de esquema criminoso, que recebia benefícios de auxílio-doença por pessoas que se apresentavam em plena atividade laboral. Esse esquema funcionava com a participação de um escritório de advocacia e um servidor do INSS, atuando em desfavor da Previdência Social.
Um advogado foi preso. As investigações apontaram que há 10 anos ele recebeu a primeira pensão, mas ela foi suspensa e voltou a ser paga em 2011. Segundo a PF, desde então ele vinha recebendo o benefício ininterruptamente. Mesmo recebendo o benefício, o advogado não deixou de atuar em processos e, inclusive, foi filmado fazendo sustentações orais, o que comprova que o mesmo estava apto ao trabalho. A suspeita é de que pelo menos cinco pessoas tenham se beneficiado do esquema.
Segundo a Inteligência Previdenciária, o prejuízo identificado até o momento é de quase R$ 500 mil. No entanto, a desarticulação do esquema criminoso proporcionará uma economia anual estimada em mais de R$ 1,7 milhão.
