A Câmara dos Deputados adiou para a próxima semana a votação, em segundo turno, da proposta de emenda à Constituição (PEC), que muda as regras de pagamentos dos precatórios. O adiamento se deu porque alguns líderes partidários decidiram entrar em obstrução e impedir a votação da proposta.
Inicialmente, havia um acordo para a votação da PEC, mas alguns líderes pediram a inversão de pauta para votarem a PEC que acaba com o foro privilegiado. Como a proposta foi rejeitada, líderes insatisfeitos com o resultado entraram em obstrução. O relator da matéria, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou a quebra de acerto para a votação. “Essa é uma Casa de acordos, mas alguns líderes não souberam cumprir o acordo”.
O líder do PSDB, deputado José Anibal (SP), também criticou a quebra do combinado. Segundo ele, o PSDB aceitou inverter a pauta para votar primeiro o fim do foro privilegiado, acreditando que todos os líderes fossem cumprir o acordo e aprovar o segundo turno da matéria.
Com o impasse, o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), marcou reunião dos líderes partidários para a próxima terça-feira para buscar um entendimento que viabilize a votação da PEC dos precatórios já na mesma terça-feira, em sessão extraordinária.
