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Penedo

Acusados de tentativa de homicídio em Penedo vão a júri popular

Acusados atiraram seis vezes contra José Aldo da Silva, balas pinaram, apenas um disparo o acertou na boca

O juiz Ygor Vieira de Figuerêdo, titular da 4ª Vara de Penedo, decidiu que os réus José Elson Correia Teixeira e Clayton Santos devem ir a julgamento popular pela tentativa de homicídio contra José Aldo da Silva, crime ocorrido em abril de 2010.

O magistrado destacou que o próprio Clayton Santos afirmou ter saído com intenção de matar José Aldo e que a vítima não foi assassinada por razões alheias a vontade dos réus. O juiz deverá pronunciar os réus se forem preenchidos os requisitos de existência de provas da materialidade de que praticaram o crime.

“Constata-se pelos depoimentos a existência de indícios de que os réus José Elson Correia Teixeira, Clayton Santos e João José Pereira de Oliveira foram ao encontro da vítima e tentaram disparar diversos tiros de arma de fogo contra ela, sendo que apenas uma bala foi efetivamente disparada, tendo todas as demais pinado”, afirmou o juiz.

Réus não pronunciados

O Ministério Público (MP) pediu a absolvição do réu Saulo Raphael (assassinado durante a lavagem do rosário em 2011) e a suspensão do processo quanto ao réu João José Pereira de Oliveira, o que foi acolhido pelo juiz. A decisão quanto ao acusado João José se deve ao fato de ele não ter sido encontrado para intimação, o que deve ocorrer quando o mandado de prisão for cumprido. Outro réu denunciado, Carlos Olímpio da Silva, morreu no decorrer do processo.

O crime

Segundo o Ministério Público (MPE/AL), no dia 24 de abril de 2010, por volta das 22h, a vítima estava dentro de uma danceteria na parte alta de Penedo, quando recebeu um telefonema. Ao sair do local para falar ao telefone, Clayton Santos e João José Pereira de Oliveira o abordaram. Clayton teria colocado uma arma na cabeça da vítima e efetuado seis disparos, porém as balas pinaram.

Nesse intervalo, José Elson Correia Teixeira correu com um revólver na mão em direção a vítima. Quando José Aldo se virou, levou um tiro na boca. Os réus ainda tentaram efetuar outros tiros, sem sucesso.

O crime teria sido praticado porque o réu José Elson temia que a vítima informasse à polícia quem teria sido o autor do furto das armas do Fórum de Penedo. Já Clayton Santos teria tentado matar a vítima mediante oferta de recompensa em dinheiro.

Em liberdade

Ambos os réus José Elson Correia Teixeira e Clayton Santos, já possuem condenações criminais. Estão presos desde junho de 2010, há mais de quatro anos. Diante disse, o Poder Judiciário justifica que por não ter causado atraso no julgamento, configura constrangimento ilegal a permanência deles encarcerados. Se trata de uma afronta ao princípio da duração razoável do processo.

Deste modo, vão ganhar esporar o julgamento em liberdade, seguindo algumas restrições da Justiça.