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Policial

Acusados de matar mulher que fez sinal de facção rival são condenados

Jurados reconheceram a participação dos réus na tortura e morte de Joyce

O Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri de Maceió condenou os cinco réus envolvidos na morte de Joyce da Silva Alves, ocorrida em 2019, na Capital. Juntas, as penas ultrapassam 110 anos.

Clécio Gomes Barbosa foi condenado a 31 anos, um mês e sete dias de reclusão. Elton Jhon Bento da Silva recebeu a pena de 26 anos, seis meses e 14 dias de reclusão. Ambos foram condenados pelos crimes de homicídio qualificado, tortura, ocultação de cadáver e corrupção de menores.

Já a ré Jullyana Karla Soares da Costa foi condenada a 29 anos, dois meses e seis dias de reclusão por homicídio qualificado, tortura e ocultação de cadáver. A ré Maria Mariá Araújo Epifânio recebeu a pena de 22 anos, seis meses e 25 dias de reclusão por homicídio qualificado e tortura. Todos deverão cumprir a pena em regime inicialmente fechado.

A última ré envolvida no caso, Lady Laura Rodrigues Paulino, foi condenada a dois anos, um mês e 15 dias de reclusão pelo crime de tortura. Ela deverá cumprir a pena em regime semiaberto, podendo recorrer em liberdade.

A sessão do júri ocorreu no Fórum da Capital, e foi conduzida pelo juiz Filipe Munguba. De acordo com o magistrado, os réus agiram com frieza e violência no modo como mataram a vítima. “Revelando, assim, a brutalidade da conduta, pois houve agressões na região das vértebras cervicais e a introdução de uma estaca na região da face da vítima, conforme laudo. Também é especialmente grave o agir dos acusados ao forçar que a vítima ingerisse drogas e bebidas alcóolicas antes de ser assassinada”, afirmou o magistrado.

Em plenário, a mãe e a irmã da vítima relataram ter desenvolvido depressão e passaram a necessitar de medicamentos em razão do trauma sofrido.

O crime ocorreu porque a vítima fez, durante uma festa, sinal de uma facção criminosa que era rival à dos réus. Joyce Alves foi torturada, levada a um local ermo e morta a pauladas.