José Marcos Douglas da Silva e sua esposa, Quitéria Maria dos Santos, foram julgados pelo Tribunal do Júri nesta terça-feira, 26 de novembro, pelo duplo homicídio qualificado de José Genilson da Silva Oliveira, 21 anos, e Leandra Bento da Silva, 22. A sessão ocorreu no Fórum da Comarca de Coruripe, como parte das atividades do Mês Nacional do Júri.
Durante o julgamento, presidido pelo juiz Mauro Baldini, o conselho de sentença decidiu por unanimidade reconhecer a tese do Ministério Público para condenar os réus por duplo homicídio qualificado.
José Marcos, que confessou o crime, recebeu uma pena de 33 anos de prisão. Já sua companheira, Maria Quitéria, apontada pelas investigações como a mandante do duplo homicídio foi condenada a 39 anos de prisão. Ambos deve iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.
O crime ocorreu na madrugada de 22 de agosto de 2022 , em Coruripe. De acordo com as investigações, a motivação seria um suposto trabalho de magia negra que, segundo os acusados, teria sido realizado pelas vítimas com o objetivo de separar o casal.
Conforme depoimento prestado à polícia, José Marcos confessou ter planejado o crime junto com Quitéria. O casal convidou as vítimas para consumir bebidas alcoólicas e, após embriagá-las, as levou até um canavial, onde o duplo homicídio ocorreu.
Ainda segundo o inquérito policial, José Marcos relatou que tentou dialogar com o sobrinho, Genilson, que teria prometido não mais recorrer à magia negra. No entanto, Quitéria, que aguardava no carro com Leandra, afirmou que a “entidade exigia o sacrifício”. Foi então que José Marcos utilizou uma faca para atacar Genilson, causando sua morte imediata. Leandra, quase desacordada devido à alta ingestão de álcool, também foi assassinada no local.
Após o crime, o acusado descartou a arma em um rio e trocou de roupa antes de retornar para casa, buscando ocultar qualquer evidência. Além desse caso, José Marcos responde por outro homicídio e uma tentativa.
As vítimas, que residiam no povoado Pescoço, zona rural de Penedo, estavam em Coruripe há poucos dias antes do crime.