Julgamento foi realizado no Fórum Desembargador Alfredo Gaspar de Mendonça, no município de Penedo
Aconteceu nesta terça-feira, 17 de março, assim como estava programado, o julgamento do réu Edilson Paulo dos Santos no Fórum Desembargador Alfredo Gaspar de Mendonça, no município de Penedo. A sessão foi presidida pelo magistrado Nelson Fernando de Medeiros Martins, titular da 4ª Vara Criminal da comarca local.
Por decisão do conselho de sentença, Cacau, como é mais conhecido, foi condenado a 14 anos de prisão pelo crime de femicídio, por ter sido apontado como o responsável pela morte de sua companheira Juliana Rodrigues da Silva, de apenas 24 anos, crime registrado em dezembro de 2015 na Cohab, parte alta da cidade ribeirinha.
A vítima morreu após passar 21 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca. Ela foi espancada e atingida com golpes de capacete na cabeça, o que provocou um grave quadro de traumatismo craniano.
De acordo com os autos, testemunhas contaram em depoimento à polícia que após as agressões, a jovem desmaiou e permaneceu durante toda a madrugada desacordada. Somente na manhã do dia posterior a agressão, o companheiro da jovem a levou até a Unidade de Pronto Atendimento de Penedo, local onde se passou por amigo da vítima e contou que a encontrou caída no chão.
Após ser examinada, os médicos plantonistas concluíram que o estado de saúde da jovem era delicado e que ela precisava ser encaminhada urgentemente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca. Após dias em coma, a jovem entrou em óbito.
Após o crime o acusado fugiu. Em outubro de 2016 ele foi encontrado na zona rural de Penedo e encaminhado à delegacia local, no entanto, como ainda não havia sido expedido mandado de prisão em seu desfavor, ele foi liberado após prestar depoimento. Em abril de 2017, após negociações de seu advogado com o delegado regional, Edilson Paulo se entregou e desde então permanece preso, à disposição da Justiça alagoana.
