Réu confesso, José Jorge da Silva vai pegar 19 anos e três meses de reclusão
No início desta tarde de quinta-feira (23), José Jorge da Silva, o ‘Canibal de Arapiraca’, foi condenado a 19 anos e três meses de reclusão. Ele foi acusado de matar a esposa Patrícia Vicente da Silva, 21 anos, em 2010, a golpes de arma branca e, ainda, comer seu coração. O caso aconteceu em um galpão abandonado no bairro Planalto.
O julgamento aconteceu na 5ª Vara Criminal de Arapiraca e teve início nesta manhã (23). O réu confesso do crime deve cumprir a pena em regime fechado. A defesa tentou alegar que José Jorge possui problemas mentais, por isso teria matado a esposa.
O condenado foi preso em Sergipe, após assaltar um taxista na capital. O júri foi comandado pelo juiz Alfredo Gaspar de Mendonça.
Torrou o coração no óleo
Em 2011, quando foi preso, aos meios de comunicação ela narrou que a motivação do crime foi traição. José Jorge estava convivendo há um ano e oito meses com esposa Patrícia Vicente da Silva, 21 anos e que a vítima teria ficando com um homem na sua frente. “Morei com ela por mais de um ano e um negão chegou onde estávamos e Patrícia ficou com ele, na minha frente. Fui embora e disse que fizesse bom proveito e, ainda disse que iria matá-la”, contou.
No mês de setembro de 2010, ambos já tinham se reconciliado e saíram para beber, quando tiveram uma discussão. “Saímos para beber, quando passou um homem parecido com o que ele tinha ficado. Comentei e ela falou que preferia que tivesse sido ele”, acrescentou.
Então, o Canibal de Arapiraca arrastou a vítima para um galpão e a matou com golpes de arma branca, abrindo todo o seu abdômen. Ele ainda tirou todos os órgãos e vísceras da companheira. Em seguida, levou o coração para a casa de um amigo em Palmeira dos Índios e pediu para torrar como tira gosta para cachaça.
“Foi um momento de raiva. Meu amor ela deu pra outro, fiquei revoltado. Estou arrependido de ter cometido tal barbaridade”, disse ainda em entrevista quando foi preso em 2011.