Raphael Lima está detido na Delegacia Regional de Penedo
O acusado de ser o responsável pelo rapto e posterior assassinato de duas adolescentes em Coruripe, crimes registrados em maio deste ano, conseguiu ser aprovado no concurso público da Polícia Militar de Alagoas. Raphael Lima, 29 anos, fez a prova para o cargo de oficial combatente e agora deverá ser submetido a 2ª fase do certame, assim como previa o edital.
O jovem que é bacharel em Direito, está detido na Delegacia Regional de Penedo desde o mês de maio. Além do crime que vitimou as adolescentes Maria Eduarda dos Santos, de 14 anos, e Cinthia da Silva Santos, de 15, ele responde também por outros delitos como porte arma de fogo e estupros, por exemplo.
Raphael Lima foi liberado para participar do concurso pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas, Orlando Manso. O magistrado fundamentou sua decisão com base no que rege o principio da presunção de inocência, previsto pelo artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, que preceitua que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.
A primeira fase do concurso foi realizada em 30 de setembro. O jovem foi levado ao seu local de prova escoltado por quatro agentes da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) da Polícia Civil. Cabisbaixo e algemado, ele chegou ao prédio do Cesmac (Centro de Estudos Superiores de Maceió), no bairro do Farol, vestindo uma camisa estampada com sua própria foto acompanhada da palavra “Justiça!”.
Raphael Lima fez a prova em uma sala isolada dos demais concorrentes e foi vigiado por policiais durante todo o tempo em que participou do concurso. Vale ressaltar que mesmo que seja aprovado também na 2ª fase do concurso, o candidato só poderá assumir o cargo se for considerado inocente pela Justiça. Ele nega as acusações.
O jovem concorreu a uma vaga na Câmara de Vereadores de Coruripe durante o pleito de 7 de outubro, mas não conseguiu se eleger. Caso lograsse êxito na disputa, Rafhael Lima poderia ser liberado para responder ao processo em liberdade.