Pedro Alexandre foi detido em cumprimento a um mandado de prisão em aberto
Em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela Justiça alagoana foi preso mais um acusado de ter participado do homicídio que vitimou o jovem de Penedo, Alan Diego Medeiros, 19 anos. O crime foi registrado em julho de 2012 no conjunto Brisa do Lago, no bairro Olho D’àgua dos Cazuzinhas, em Arapiraca
De acordo com o processo criminal, Pedro Alexandre dos Santos Júnior, conhecido como Júnior Negão, 31 anos, é acusado de, com a ajuda de um outro homem identificado como Paulo Januário de Lima Junior e de um adolescente, ter executado friamente o penedense com disparos de arma de fogo.
Paulo Januário já estava preso, mas Pedro Alexandre ainda encontrava-se solto. Ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado à Central de Polícia, em Arapiraca, mas dois dias depois voltou às ruas porque a Justiça lhe concedeu a liberdade provisória devendo o mesmo comparecer a todos os atos para os quais for intimado e não se ausentar de Arapiraca sem prévia comunicação e autorização da 8ª Vara Criminal.
O acusado deverá também, para não perder o benefício, comunicar previamente a Justiça sempre que mudar de endereço, informando o novo local onde poderá ser encontrado para receber notificações e intimações e ainda comparecer mensalmente no Cartório para informar e justificar suas atividades, como demonstração de que permanece no distrito da culpa, não pretendendo dele se ausentar.
Segundo as investigações feitas pela Polícia Civil de Arapiraca, a vítima foi executada friamente, sem esboçar qualquer chance de defesa ou reação e de forma premeditada. Durante a oitiva de testemunhas, um adolescente supostamente responsável por levar Alan Diego ao local onde foi assassinado contou detalhes de como o crime foi registrado.
“A moto era uma Honda Fan 150, de cor vinho, e ao chegar mais perto reconheceu a pessoa que a conduzia; que a pessoa que conduzia a moto citada era o Paulo Januário de Lima Júnior, conhecido “Júnior”, com o qual trabalha juntamente com o Alan na retífica; que o Júnior tinha como carona um indivíduo que não conheceu; que o Júnior aproximou sua moto do Alan, e neste momento o indivíduo desconhecido, sacou uma de fogo tipo revólver e apontou a arma na direção da cabeça do Alan; Que sem nada falar e sem reação alguma do Alan, aquele indivíduo efetuou o primeiro disparo que atingiu a cabeça de Alan; Que no momento em que viu o Alan caindo da moto, ligou sua moto e saiu do local; Que ao estar saindo, olhou para trás e viu o indivíduo se aproximando do Alan e efetuando outro disparo[…] que perguntado se sabe informar o motivo pelo qual o “Júnior” decidiu matar o Alan, respondeu que o Júnior vinha discutindo com o Alan, devido ao fato de ter tomado conhecimento de que o Alan teria dado em cima da companheira do mesmo, conhecida Estefany; Que este foi o motivo que levou o “Júnior” a tirar a vida do Alan…”, diz trecho do depoimento do adolescente.
Com o avanço das investigações, o adolescente que até então era apenas testemunha acabou também sendo indiciado porque a polícia concluiu que ele teve participação definitiva na prática do crime, pois era pessoa de confiança da vítima e a convenceu a acompanhá-lo até o local de seu assassinato com a desculpa de que era para socorrer uma motocicleta. Os acusados devem ser submetidos a julgamento em audiência no Tribunal do Júri, o que ainda não tem data definitiva.
Alan Diego era natural de Penedo, mas quando foi assassinado estava morando em Arapiraca, local onde trabalhava como mecânico e era bastante requisitado.
