Dênio Cruz de Lima tinha 32 anos quando foi covardemente assassinado
A partir das 09 horas desta terça, 26, acontecerá no Fórum Desembargador Alfredo Gaspar de Mendonça, a 1ª Reunião Periódica do Tribunal do Júri de 2016. O caso que vai ser apreciado pelo Conselho de Sentença será do homicídio que vitimou Dênio Cruz de Lima, o “Nêgo”, 32 anos, executado com um tiro na nuca em 08 de julho de 2013.
O acusado pelo crime, Maciel Feitosa dos Santos, sentará nos bancos dos réus para responder à acusação feita pelo Ministério Público de homicídio duplamente qualificado, pelo fato do delito ser cometido por motivo torpe e mediante traição, emboscada ou outro recurso que dificultou a defesa da vítima.
Familiares da vítima conversaram na tarde desta segunda-feira, 25, com a redação do portal de notícias aquiacontece.com.br e falaram sobre a expectativa que todos estão sentindo para que seja feita Justiça e que o réu confesso do crime pague pelo ato que cometeu.
“A única coisa que queremos é que seja feita Justiça. Nada vai trazer meu irmão de volta, mas o acusado precisa pagar pelo que fez. Acho que só assim a alma do Nêgo vai descansar e minha família poderá ter paz em saber que um ser que é capaz de tirar a vida de uma pessoa tão boa como meu irmão era não vai andar livremente pelas ruas, podendo voltar a matar covardemente outro pai de família. Que se faça Justiça!”, declarou emocionada Denise Cruz, irmã de Dênio.
Para a defesa do réu, o que está a cargo da defensora pública Josicleia Lima Moreira, Maciel Feitosa deve ser absolvido sob o argumento de que o disparo de arma de fogo que atingiu a nuca da vítima ocorreu de forma acidental. Caso seja condenado, o acusado pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão.
Relembre o caso
Na noite do dia 08 de julho, Dênio Cruz de Lima saiu de sua residência para procurar um homem de quem tinha adquirido uma motocicleta FAN de cor Preta, mas não mais foi visto com vida. Um dia depois, ele foi encontrado morto com um tiro na nuca. Quando saiu de casa, o penedense avisou a seus familiares que iria encontrar com o antigo proprietário da moto porque quando tinha ido passar o veículo para seu nome constatou um débito de quase R$ 3 mil.
A forma como a vítima foi executada, leva a crer que o tiro foi deflagrado por uma pessoa que seguia no banco do passageiro da motocicleta. Dênio Cruz pode ter sido atraído ao local com a promessa de que receberia o dinheiro para quitação dos débitos da moto na Penedo Agro Industrial, local de trabalho do principal suspeito, Maciel Feitosa dos Santos, que após o crime desapareceu.
O corpo de Dênio Cruz foi encontrado na região conhecida por adubeira, pertencente à usina. A vítima ainda estava com o capacete na cabeça. O veículo foi levado por quem cometeu o crime e encontrado 12 dias depois em uma região de cana-de-açúcar, pertencente à Cooperativa II Núcleo, zona rural de Penedo, ao lado de uma outra motocicleta que havia sido alugada a Maciel Feitosa.
Após o crime, o acusado fugiu e só foi localizado pela polícia em maio de 2014, 10 meses após o homicídio. Desde então, Maciel Feitosa permanece preso no Presídio do Agreste, à disposição da Justiça alagoana.