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Sergipe

Ações do Governo minimizam efeitos das fortes chuvas em Sergipe

A Defesa Civil do Estado está em alerta constante para os casos de emergência e monitora as áreas de risco de inundação

O governo do Estado tem acompanhado de perto e se mantido em alerta para minimizar os efeitos das fortes chuvas que atingem o estado ao longo desta semana, sobretudo nesta quinta-feira (11). Neste mês de junho, já choveu, somente nos dez primeiros dias do mês, 92 milímetros a mais do que a média histórica para os 30 dias de julho.

Preocupado e atento às demandas do estado de Sergipe, sobretudo neste momento, o governador Belivaldo Chagas reuniu neste fim de tarde o grupo de trabalho que acompanha as chuvas no estado e reforçou a importância da atuação de todos os setores do Governo. “Recebemos um diagnóstico da situação das barragens, rodovias e encostas das cidades do interior e da capital. Estamos atentos para atuar quando necessário nas áreas que forem atingidas pelas águas”, ressaltou.

A Defesa Civil do Estado está em alerta constante para os casos de emergência e monitora as áreas de risco de inundação. Ao todo, as coordenadorias municipais de Defesa Civil registraram 389 desabrigados em diversas localidades. Na capital, 150 famílias deixaram suas casas em razão de inundações, e estão sendo atendidas pelas equipes de Assistência Social da prefeitura. Em todo o Estado, não foi registrado nenhum ferido, mas duas pessoas permanecem desaparecidas em Porto da Folha e Itaporanga.

Na estrada entre os municípios de Santa Rosa de Lima e Riachuelo, a ponte sobre o Rio Sergipe cedeu. No início da noite de hoje (11) as equipes da Defesa Civil Estadual e da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs) se dirigiram até o local, para avaliar a estrutura e iniciar a promoção de reparos.

Entre os eventos adversos, também foram registradas ocorrências de deslizamentos de encostas nos municípios de São Cristóvão e Divina Pastora; deslizamentos de terra em Laranjeiras; e a ruína parcial de uma torre de internet em Umbaúba sobre três casas. Em Japaratuba, o volume de massa proveniente das chuvas se deslocou até um córrego, provocando rompimento do sistema de drenagem da cidade, fazendo erodir uma cratera que levou ao desabamento de cinco casas e à interdição de outras 12, das quais as famílias foram retiradas.

Em Indiaroba, 10 famílias foram retiradas de casas (algumas de taipa) situadas em área com risco de desabamento, devido à proximidade de um barranco. Em Lagarto, uma casa desabou e outras duas tiveram desabamento parcial. Em Estância, a elevação do nível do Rio Piautinga levou à interdição de três pontes e do complexo XPTO. Conforme o rio vai recuando, as estruturas vão sendo liberadas pela Defesa Civil municipal.

Barragens

De acordo o secretário da Sedurbs, Ubirajara Barreto, o governo do Estado também monitora a situação de todas as oito barragens e não há riscos. Porém, cinco já verteram água e a população que mora nas proximidades dessas áreas deve ficar atenta. Um gabinete de situação foi formado para monitoramento de barragens e chuvas.

“Todos os órgãos do governo estão empenhados neste trabalho de monitoramento das barragens e atendimento da população. Só em dez dias deste mês choveu 92mm a mais do que a média histórica para os 30 dias de julho. É importante ressaltar que no tocante a segurança da estrutura das barragens, todas estão dentro da normalidade, sem riscos”, explicou o secretário.

A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) esclareceu que a Barragem do Poxim Açu não está vertendo água e vem cumprindo seu papel de retenção e minimização de impacto de cheias. Segundo o diretor-presidente da Companhia, Carlos Melo, a barragem armazenou todo o acúmulo de chuvas até o momento. “As chuvas dos últimos dias surpreenderam a todos pelo alto índice e a barragem já atingiu 95,2% da sua capacidade de volume útil, sendo que a qualquer momento ela pode verter água. A Deso está com uma equipe de monitoramento constante na barragem do Rio Poxim Açu para avaliar o aumento do volume de água”, explicou.

O diretor-presidente disse ainda ser importante esclarecer que a inundação que ocorre em Aracaju, no bairro Jabotiana (Largo da Aparecida, conjuntos Santa Lúcia, JK e Sol Nascente), em Nossa Senhora do Socorro (Parque dos Faróis) e no município de São Cristóvão (Jardim Universitário) ocorreu pelas cheias do Rio Poxim Mirim e não da barragem do Poxim Açu, além da influência da amplitude da maré.

No interior, a Barragem João Alves, a da Ribeira, entre os municípios de Campo do Brito e Itabaiana – a população dos municípios de Itaporanga, São Cristóvão e localidades próximas à barragem deve ficar atenta ao nível da água; Jacarecica II, entre os municípios de Malhador e Riachuelo – Municípios em situação de alerta – Laranjeiras e Riachuelo; Dionísio Machado, em Lagarto e Piauitinga, Salgado – municípios em atenção Salgado e Estância; Jabiberi, em Tobias Barreto, risco mínimo de vertimento que pode afetar a população.

Chuvas

As fortes chuvas devem permanecer até a próxima sexta-feira (12), em todas regiões. Segundo o Centro de Meteorologia do Governo do Estado, há previsão de chuva entre 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm/dia e ainda um alerta para risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios.

O meteorologista do Centro de Meteorologia, Overland Amaral, explica que o vapor de umidade vai se prolongando e, com isso, pancadas de chuvas deverão ocorrer principalmente no início da noite até início do dia seguinte. A temperatura mínima na capital pode chegar aos 19°C, no dia 17 deste mês, com sensação térmica mais baixa. Já no município de Nossa Senhora da Glória e Monte Alegre, no Alto sertão, os termômetros devem marcar 16°C, no dia 18 deste mês.

O meteorologista acredita que esse ano terá uma elevação na média histórica de chuvas para o mês de julho. “O quadro de chuvas do estado de Sergipe, já está em torno da média histórica prevista para todo o mês de julho. No litoral, a média que é de 215 mm e já atingimos essa meta. No Agreste, com média histórica para 80 mm, todos os municípios já estão atingindo essa média. Já o sertão, é previsto uma média para 110 mm e a maioria dos munícipios já se aproxima desse índice. A previsão é que após o dia 12, as chuvas fortes deem uma trégua, porém a previsão para o mês de julho é de chuvas”, explicou Overland.