Após dez horas de viagem, de Joanesburgo para o Rio de Janeiro, os jogadores e toda a delegação da CBF chegaram às 2h desse domingo, ao Aeroporto Internacional do Galeão. Abatimento, cansaço e muita tristeza, marcavam as fisionomias dos integrantes do nosso selecionado.
Cerca de cem torcedores marcaram presença na recepção aos nossos jogadores. Alguns, mais exaltados, apelaram para palavrões, na tentativa de agredir alguns dos atletas.
A chegada de Felipe Melo foi a mais tensa. O jogador desceu da aeronave e foi escoltado por um segurança, aproveitando o momento em que os zagueiros Juan e Thiago Silva falavam com os jornalistas para deixar, o mais rápido possível, o local. O jogador era esperado pelo pai em uma caminhonete. O veículo foi cercado por fotógrafos, cinegrafistas e torcedores. Para abrir caminho, foi preciso acelerar e buzinar. Felipe Melo foi xingado, chamado de “vacilão” e se assutou com o tumulto.
Uma parte dos jogadores ficaram no Rio de Janeiro e a outra segui para São Paulo. Na chegada à Cumbica, apenas o presidente de honra Andrés Sanchez, comentou a derrota. Andrés disse que lamentou a derrota, pois o Brasil teve chances de liquidar a partida no primeiro tempo e não o fez. Estamos todos decepcionados, precisamos de um certo tempo para nos recuperarmos dessa frustrante derrota.
O técnico Dunga seguiu no aeroporto para pegar uma conexão para o Rio Grande do Sul ainda na manhã deste domingo. Muitos torcedores que desembarcaram em horários próximos à Seleção exibiram fotos com os jogadores e com o treinador.
A medida de não atender a imprensa na chegada ao aeroporto vai de encontro ao que havia dito o Diretor de Comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, neste sábado, ainda em solo sul-africano, quando afirmou que os jogadores haviam decidido falar quando chegassem ao Brasil.