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A arte e a sua influência sobre as crianças e o seu desenvolvimento

Na escola, as disciplinas ligadas à expressão artística, como a música ou as artes visuais, sempre foram relegadas a um segundo plano. O importante sempre foi a matemática, a linguagem ou a ciência. Só antes da Primária são levadas em conta a música e as artes plásticas, embora estas últimas não favoreçam o pleno desenvolvimento da criatividade porque, normalmente, são atividades dirigidas em que têm de pintar um cartão. No entanto, com o passar do tempo, essa baixa valorização dos assuntos criativos se acentua, pois saber desenhar ou cantar não parece ser importante na preparação para o mundo do trabalho.

A UNESCO aprova os seus benefícios

Ao contrário, estudos recentes mostram que essas disciplinas auxiliam as crianças no seu processo de aprendizagem; especialmente a música, que os ajuda a melhorar o seu desempenho em todas as disciplinas, além de impactar positivamente em outros aspectos, como a autoestima, o trabalho em equipe e a inteligência emocional e social. Se você gosta dos jogos de cassino pode apostar de forma segura na 20Bet.

Os seus primeiros golpes o ajudam a desenvolver inteligência emocional

Talvez essa influência da música, acima de outras disciplinas artísticas, se deva ao fato de ser uma disciplina muito estudada porque exige método, perseverança e o seu progresso é mais fácil de avaliar.

Por isso, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) publicou um documento intitulado Roteiro para a Educação Artística, resultado das deliberações da Conferência Mundial sobre a Educação Artística: construindo competências criativas para o século XXI, que aconteceu em Lisboa (Portugal) em 2006.

O seu objectivo é “dar a conhecer a todos os intervenientes a importância da educação artística e o papel vital que desempenha na melhoria da qualidade do ensino” a fim de “explorar o possível contributo da educação artística para satisfazer as necessidades de criatividade e consciência cultural no século 21”. Ou seja, promover uma educação que favoreça o desenvolvimento da criatividade por meio da arte.

A arte na escola

Os currículos atuais estão focados nos aspectos cognitivos e intelectuais da inteligência humana, e a arte possibilita oferecer uma educação mais abrangente que também desenvolve outras inteligências, aspectos emocionais e sociais, e aprofunda os valores humanos. E não nos referimos apenas às artes plásticas, mas também ao teatro, à música, à literatura, ao cinema, à dança. Grande parte do conhecimento que as crianças adquirem na escola é esquecida. Nós somos o melhor exemplo. Lembramo-nos de tudo o que estudamos? Não, e menos ainda com tanta tecnologia por perto que nos permite acessar informações sem ter que exercitar a nossa memória.

Grande parte do conhecimento que as crianças adquirem na escola é esquecida. Mas existem recursos que não são encontrados na Internet ou em bibliotecas. Falamos sobre as habilidades que cada pessoa tem para ser capaz de criar e dar sentido à vida. As crianças podem esquecer o que são os cefalópodes ou nunca mais fazer uma integral, mas com certeza precisam saber enfrentar problemas, buscar soluções, confiar nas suas possibilidades, ser constantes, ter iniciativa e ser emocionalmente inteligentes. E essas qualidades são desenvolvidas pela experiência, não pela memorização de grandes quantidades de dados.

A música ou as artes visuais ativam partes do cérebro diferentes daquelas que são ativas no trabalho racional

Embora seja difícil de acreditar, a aprendizagem convencional e as disciplinas artísticas formam uma associação perfeita, pois a experiência sensorial e pessoal estimula o desejo de aprender e facilitam a aquisição de conteúdos teóricos. A pesquisa revelou que as atividades artísticas favorecem as crianças:

• uma melhor compreensão de si mesmos
• mais confiança nas suas habilidades
• melhor aceitação dos outros
• menos abandono escolar
• mais aceitação da escola
• aumento da automotivação
• melhor desempenho em leitura, escrita e matemática