Policiais militares pertencentes ao 7° Batalhão, sediado em Santana do Ipanema, foram solicitados pela Polícia Civil, na tarde do último sábado (13), para atender a uma ocorrência de rebelião na 2ª Delegacia Regional de Polícia. No local, guarnições do Pelotão de Operações Policiais Especiais (Pelopes) e da Radiopatrulha encontraram cerca de quarenta presos arremessando pedaços de tijolos e pedras para fora da delegacia, arrancados das paredes das celas, fornecendo perigo aos transeuntes e quebrando telhas e lâmpadas do 1º andar do prédio, além de terem ateado fogo em colchões.
Para conter os rebeldes, foram efetuados disparos com munições de elastômero e arremessadas granadas de efeito moral, luz e som e gás lacrimogêneo (OC). Os militares deslocaram-se ao portão que dá acesso ao pátio e às celas e perceberam que alguns presos ainda esboçavam reação aos efeitos dos gases, arremessando pedras contra o portão e esbravejando. Novamente foi feito uso de granada de luz e som, o que deu margem para que os policiais pudessem ter acesso ao pátio, visto que os presos já tinham se deslocado paras as celas e cessadas as manifestações, dando início a contagem e revista das celas.
Segundo informações colhidas na DRP pelos agentes de plantão, a motivação seria porque alguns presos pretendiam linchar o detento José Rodrigues da Silva, conhecido como “Ratinho”, sendo este único ferido nesta rebelião pelos próprios presos, e encaminhado para o Hospital Dr. Arsênio Moreira, em Santana do Ipanema, com lesões mais evidentes na região da cabeça.
“Nos meus 20 anos de delegado, nunca presenciei um ato de vandalismo e violência praticados pelos presos. O apoio dos militares do 7º Batalhão impediu uma desgraça maior na cadeia”, destacou o delegado Rubens Cerqueira, que estava de plantão no fim de semana.