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Maceió

Judiciário forma 81 pessoas para mediar e conciliar em bases comunitárias

Público e mediadores formados acompanham solenidade na Esmal

O Judiciário de Alagoas entregou os certificados das pessoas formadas para mediar e conciliar em bases comunitárias da Polícia Militar de Alagoas, em curso realizado pela Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal), iniciado em abril. A expectativa é que a iniciativa ajude a reduzir a violência e a quantidade de processos judiciais.

Participaram do curso policiais militares, guardas municipais, líderes comunitários, advogados, e conselheiros tutelares. O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador João Luiz Azevedo Lessa, enfatizou a importância da ação, que contou com a participação de várias instituições.

“Esse é um momento particularmente grandioso para o Poder Juiciário alagoano, cada vez mais engajado em inciativas que contribuem com a eficiência do nosso sistema de segurança. Devo salientar que o Tribunal de Justiça sempre assumirá a posição de vanguarda, aderindo a inciativas que visem pacificar conflitos”, discursou João Luiz.

O presidente agradeceu aos parceiros na realização do curso. Além da Esmal e do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Judiciário (Njus), participaram o Governo do Estado; a Câmara de Monitoramento do Programa Brasil Mais Seguro; o Ministério da Justiça, por meio da escola Nacional de Mediação de Secretaria de Reforma Judiciária; e a seccional Alagoas da Ordem dos Advogados do Brasil.

“Graças ao sonho de todos os parceiros, estamos aqui concluindo esse curso. Hoje, conciliação e mediação estão em evidência, inclusive em face do novo CPC (Código de Processo Civil). Nós estamos acreditando muito nisso”, acrescentou o diretor da Esmal, desembargador Fernando Tourinho.

O juiz Maurílio Ferraz, presidente da Câmara de Monitoramento, frisou que o trabalho dos mediadores vai evitar que muitos conflitos se transformem em uma situação mais grave. “Este curso é no Brasil é inédito. Porque foi formada uma verdadeira rede de cooperação desde o ano passado”, ressaltou.

Ferraz informou que cada mediador vai alimentar um formulário, que vai identificar a quantidade e os tipos de conflitos mediados. Isso deve gerar estatísticas que ajudarão o Estado a planejar ações de segurança.

A tenente Íris Dayana, da PM, explicou que o curso foi idealizado a partir da experiência das bases comunitárias. “Nossos policiais realizavam mediação de conflitos nas comunidades de forma empírica. Hoje adquirimos a técnica. Vai dar mais segurança ao trabalho que já era feito. Dessa forma, o policial e a comunidade vão ser beneficiados”. Dayana relatou que as questões resolvidas nas bases geralmente referem-se a brigas de vizinho e problemas familiares.

Também participaram da solenidade o desembargador Celyrio Adamastor, coordenador do Njus), e o procurador-geral do Estado, Francisco Malaquias Júnior, representando o governador do Estado.