Os 50 anos do Golpe Militar foram tema de uma mesa redonda promovida pela Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dois Direitos Humanos, por meio da Comissão Estadual da Memória e Verdade Jayme Miranda. O debate foi realizado na noite desta quinta-feira (24), no Centro Cultural Arte Pajuçara..
Participaram das discussões o ex-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcelo Lavènere e a psicóloga Maria Auxiliadora Arantes. Os trabalhos foram conduzidos pelo coordenador da comissão, Padre Manoel Henrique, e pelo presidente da OAB, seccional de Alagoas, Tiago Bomfim.
Para o advogado Marcelo Lavènere, o País vive um momento importante ao debater a história do Brasil. “Nada deve ficar escondido, na penumbra. A lei de acessibilidade aos documentos, inquéritos está em vigor e assegura a todo cidadão apurar os registros que tem sobre sua vida. É uma experiência dura, mas que as novas gerações têm que enfrentar para que isso não se repita”, disse.
Já a psicóloga Maria Auxiliadora Arantes ressaltou que a sociedade brasileira tem se manifestado com força, energia e repugnância ao golpe militar que ocorreu no País. ”Tivemos a oportunidade de debater algumas questões pendentes para plena reconstrução da democracia no nosso País, e eu me referi à Lei da Anistia. Fui uma das coordenadoras do movimento pela Anistia no Brasil, fiz referência sobre minha opinião com relação à Lei de Anistia e o fato dos torturadores ainda não terem sido julgados e responsabilizados pelos crimes que cometeram, acho isso importante e falei na mesa redonda ”, afirmou.
O evento também contou com a participação dos alunos do curso de Direito da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Centro de Ensino Superior de Maceió (Cesmac).
