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Negócios/Economia

119 mil empregos formais foram criados em junho

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na manhã desta quinta-feira (16), mostram que 119.495 empregos formais foram criados no país em junho. O saldo é um pouco inferior ao registrado em maio, quando surgiram 131,5 mil novos postos com carteira assinada.

De acordo com o levantamento, os números de junho representam o quinto mês consecutivo de expansão e o segundo melhor saldo mensal do ano.

No acumulado dos seis primeiros meses do ano, o governo já registrou saldo positivo de 299.506 – esse é o saldo total de vagas criadas no mercado de trabalho no primeiro semestre de 2009.

De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, os números confirmam a tendência de recuperação do mercado de trabalho. Para ele, “todos os indicativos mostram para a solidificação” do crescimento da quantidade de postos criados no país.

Embora o país venha passando por um momento de recuperação, o saldo de empregos criados ainda é bastante inferior aos 797,5 mil postos formais de trabalho extintos entre novembro de 2008 e janeiro deste ano, em meio à crise financeira internacional.

Os setores que mais contribuíram para o número positivo na criação de empregos foram a Agricultura, Serviços, Construção Civil e Comércio.

Transformação

Já a indústria de transformação registrou apenas um crescimento modesto, com a geração de 2.001 novas vagas. Segundo Lupi, o cadastro verificou elevação em seis dos 12 setores pesquisados. “Nós estamos virando uma ilha em meio a uma crise mundial”, comemorou o ministro, se referindo aos números positivos do Brasil, caminho contrário ao verificado na maior parte dos países do mundo em meio à crise, segundo Lupi.

No mês passado, quando apresentou os dados relativos a maio, o ministro havia estimado um crescimento nos números de junho superior ao do mês anterior. Nesta manhã, porém, ele responsabilizou o impacto negativo na indústria de transformação em São Paulo e o baixo desempenho do setor alimentício do mesmo estado como os responsáveis pelo crescimento abaixo do esperado.

Lupi também creditou a desaceleração de junho, na comparação com maio, aos picos de criação de postos de emprego que costumam se manifestar todos os anos nos meses de abril e maio.

Os dados do Caged apontam ainda que, desde janeiro de 2003, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo, já foram gerados 8,02 milhões de postos de trabalho.

Expectativa

A recuperação do mercado de trabalho ao final do primeiro semestre do ano levou o ministro a prever que o país feche 2009 com mais de 1 milhão de novos postos de trabalhos. “Mantenho projeção de mais de 1 milhão de empregos para o ano”, disse.

PIB

Carlos Lupi disse também acreditar em crescimento de pelo menos 2% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. “Nós vamos ter surpresa no crescimento do Produto Interno Bruto. Teremos crescimento de 2% ou mais. Essa é a minha avaliação pessoal”, afirmou.

Regiões

O Sudeste foi a região responsável pela maior parte da criação de novos empregos, com 72.002 postos gerados. Na sequencia, vêm o Nordeste (25 mil), Centro-Oeste (11,1 mil), Sul (5,6 mil) e Norte (5,5 mil).

Média salarial

O ministério também divulgou nesta quinta o comportamento do salário do brasileiro no primeiro semestre do ano. Segundo os dados, houve aumento real de 0,57%, em relação aos primeiros seis meses de 2008, na média salarial do brasileiro, que passou de R$ 741,57 para R$ 745,80. “Isso mostra a recuperação da economia brasileira”, diz Lupi.