Na semana em que o caso envolvendo o misterioso sequestro e assassinato da jovem grávida Roberta Dias teve uma grande reviravolta, o vereador Marival Oliveira usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Penedo para cobrar do Governo de Alagoas uma reparação para os policiais civis e demais presos que foram detidos injustamente acusados de participação no crime.

O vereador, que assume o cargo como suplente do edil Valdinho Marinho, que encontra-se de licença, criticou a forma como as investigações foram conduzidas pelo delegado Cícero Lima, o que acabou, segundo ele, colocando inocentes atrás das grades e deixando criminosos soltos.

“Na época em que ocorreu a prisão dos policiais e de outras pessoas em Penedo eu cheguei a dizer que era muito fácil para a polícia apresentar um culpado para se livrar da pressão popular. Imaginem os senhores terem que viver exatamente seis anos e vinte dois dias sendo criticados, sendo julgados, por um crime que vocês não cometeram. É terrível, mas foi isso que aconteceu”, declarou o edil.

Ainda da tribuna da Casa de Sabino Romariz, Marival Oliveira lembrou do drama vivido pelo policial civil Carlos Bráulio Idalino, a quem diz conhecer de perto. “Nosso amigo Cobal, por exemplo, até deixou de trabalhar em Penedo, passou a ser mal visto pela maioria dos penedenses diante de tudo que foi dito e sem dever nada, sendo inocente. Se ele não tivesse família que corresse atrás, se não tivesse amigos, talvez até hoje estivesse encarcerado, mesmo sem ter culpa alguma”, acrescentou.

Antes de encerrar sua fala, Marival Oliveira declarou que a polícia deveria reconhecer publicamente que os presos 16 meses após o desaparecimento de Roberta Dias são inocentes, na mesma proporção com a qual anunciou que eles eram culpados.

Reviravolta

O caso Roberta Dias teve uma reviravolta no início dessa semana depois que um laudo periciado pela Polícia Federal vazou nas redes sociais mostrando uma conversa entre duas pessoas. No diálogo, um jovem identificado como Karlo Bruno Pereira Tavares confessa que mantou a vítima, que estava grávida de 3 meses, na companhia de Saulo Araújo, pai do filho que a garota esperava. (Leia mais).