23 Novembro 2009 - 09:32

Previsão de inflação para 2010 tem leve alta

Analistas do mercado financeiro aumentaram a estimativa para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2010, de 4,41% para 4,43%. Para este ano, a estimativa foi mantida em 4,26%.

A informação consta do boletim Focus, publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC) com base nas projeções de mercado sobre os principais indicadores financeiros.

As estimativas estão abaixo do centro da meta de inflação, que é de 4,50%. Cabe ao Banco Central perseguir a meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional e para isso é usada a taxa básica de juros, a Selic, que, na previsão dos analistas, deve encerrar 2009 no atual patamar de 8,75% ao ano e 2010, em 10,50% ao ano.

Os analistas também fazem projeções para outros índices de inflação. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), neste ano foi alterada de 3,93% para 3,91% e em 2010, de 4,50% para 4,40%.

Para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) e o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa continua sendo de deflação neste ano. A estimativa de queda para o IGP-DI passou de -0,80% para -0,84% e para o IGP-M, de -1,08% para -1,10%. Para 2010, foi mantida a projeção de alta de 4,50% nos dois índices.

A estimativa para os preços administrados foi alterada de 4,18% para 4,20%, em 2009, e mantida em 3,50% em 2010. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo, entre outros.

Quanto ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi mantida a expectativa de 0,21%, para este ano e de 5%, para 2010.

A expectativa para a queda da produção industrial foi mantida em -7,64%, em 2009. Para o próximo ano, a projeção de crescimento foi ajustada de 6,55% para 6,85%.

Os analistas mantiveram a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2009, em 44%. Para o próximo ano, ajustou a estimativa de 42,20% para 42,10%.

A expectativa para a cotação do dólar foi mantida em R$ 1,70 ao final de 2009 e R$ 1,75, ao fim de 2010.

A previsão para o superavit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) neste ano foi mantida em US$ 25,2 bilhões. Para 2010, passou de US$ 15 bilhões para US$ 13,4 bilhões.

Para o deficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) neste ano, os analistas elevaram a estimativa de US$ 17 bilhões para US$17,250 bilhões. Para 2010, foi alterada a projeção de US$ 34,3 bilhões para US$ 35,5 bilhões.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 25 bilhões, em 2009, e em US$ 35 bilhões, em 2010.
 

por Agência Brasil

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