10 Fevereiro 2010 - 11:31

Rubim pode solicitar Força Nacional para o carnaval de Alagoas

Tércio Cappello
Secretário destaca que existem outros meios para pleitear questões salariais

Apesar de não ter recebido oficialmente o comunicado da paralisação da Polícia Civil durante o período de carnaval, o secretário de Estado da Defesa Social, Paulo Rubim, declarou em entrevista dada à imprensa na manhã desta terça-feira (9), que a sociedade não pode ser prejudicada por interesses dos policiais.

Paulo Rubim disse que se a decisão pela paralisação for por questão salarial, a categoria deve procurar a via do diálogo e não suspender às atividades.

O secretário disse, ainda, que viu a necessidade de criar um plano de cargos e salários para os agentes de segurança pública e o entregou ao governador Teotonio Vilela Filho, mas adiantou que o aumento que as categorias estão pleiteando causa um grande impacto financeiro para o Estado, o que nesse momento se torna inviável.

Rubim reconheceu que reivindicar aumento de salário é um direito legítimo de todo trabalhador, porém, declarou não concordar com a forma que isso está sendo feito. “Não é colocando à sociedade em risco que irão conseguir alguma coisa. É preciso agir dentro da lei”, afirmou.

O secretário informou, ainda, que diante dessa situação, o ponto dos policiais que aderirem à paralisação será cortado e eles serão responsabilizados administrativamente. “As portas do meu gabinete nunca estiveram, nem estarão fechadas; sou parceiro, meu interesse aqui é ajudar, mas meu posicionamento sempre vai ser pela defesa da sociedade”, concluiu.

FORÇA NACIONAL- O secretário da Defesa Social, Paulo Rubim, disse ainda que o governo alagoano poderá solicitar a vinda da Força Nacional, caso considere necessário reforçar a área de segurança pública em função da paralisação dos policiais civis durante o Carnaval. No entanto, o secretário acredita que a medida não será adotada devido à manutenção do policiamento ostensivo realizado pela Polícia Militar.

“Se entender que a sociedade corre risco (de segurança), será solicitada a vinda da Força Nacional. Mas acho que isso não será necessário, porque não acredito que a PM irá fazer aquartelamento”, disse, ressaltando: “Se tiver que tomar uma posição em relação à paralisação dos policiais civis, vou tomar em favor do cidadão alagoano e também dos turistas que visitam o Estado”.

De acordo com Paulo Rubim, a vinda da FN só será decidida após uma avaliação da pasta sobre a situação da segurança pública. “Conversei hoje (terça-feira) com o ministro da Justiça e disse a ele que, se a sociedade corresse qualquer risco, solicitaria o apoio da Força Nacional”, afirmou, acrescentando que existe um contingente de prontidão em Brasília.

Ao comentar a paralisação dos policiais civis durante o Carnaval, o secretário considerou que a medida é uma “posição radical” adotada pelo Sindpol. “Não é com essa paralisação que vamos avançar nas negociações salariais”, comentou Rubim, lembrando que tem sido o portador das reivindicações de todas as categorias da segurança pública junto ao governo do Estado.

“Inclusive, sou o mentor da proposta de implantação dos planos de cargo e carreira dos policiais civis, dos peritos e dos agentes penitenciários”, afirmou o secretário. Com relação aos policiais militares, Rubim não acredita no possível aquartelamento da tropa devido às recentes conquistas da categoria, a exemplo das promoções efetivadas este mês.
 

por Agência Alagoas

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