Eleições 2020

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Postado em 27/09/2018 15:23

Ex-vice de Collor declara voto em Renan Filho e senador Renan

Tribuna Independente
Ex-vice de Collor declara voto em Renan Filho e senador Renan

Ex-candidato a vice-governador na chapa oposicionista de Fernando Collor (PTC), Kelmann Vieira (PSDB) vai marchar com a reeleição de Renan Filho (MDB) e Renan Calheiros (MDB), ao Senado. Em sua decisão pesou a candidatura de sua esposa, Flávia Cavalcante (PRTB), para a Assembleia Legislativa Estadual (ALE) e, em certa medida, descontentamento com a postura de boa parte do ninho tucano no processo eleitoral deste ano.

 À Tribuna, o vereador de Maceió – e presidente da Câmara Municipal – disse: “Quem me ajudou a ser vereador foi minha esposa. Agora posso me dedicar integralmente ao projeto dela”.

Kelmann Vieira renunciou à candidatura de vice no último dia 15, o seguinte à desistência de Fernando Collor. A coligação PSDB, DEM, PROS, PTC, PSC, PRB e Progressistas indicou como substitutos Pinto de Luna (PROS) e Jorge VI (PSDB), como governador e vice, respectivamente.

A decisão do presidente da Casa de Mário Guimarães se tornou pública na mesma semana em que o prefeito de Maceió Rui Palmeira – presidente estadual do PSDB – decidiu participar com mais empenho na campanha.

Questionado se sua opção de voto gerou algum atrito dentro do PSDB, o vereador compara sua situação a de Cibele Moura, candidata à deputada estadual pelo partido, mas apoiadora da reeleição do governador Renan Filho. Cibele Moura preside a ala jovem do PSDB.

“Então ninguém pode cobrar de mim nada nesse aspecto. Só sou leal se tiver reciprocidade”, diz Kelmann Vieira que reclama da postura do ex-governador Teotonio Vilela Filho diante de sua candidatura a vice-governador na chapa com Fernando Collor. “Até Teotonio disse que não votava em mim para vice”.

Ele também reclama da postura de dirigentes tucanos em relação a sua indicação na chapa ao Governo do Estado.

“O tempo todo, alguns membros do PSDB tentaram desqualificar minha candidatura. Então, não havendo respeito, não pode cobrar de mim respeito”, diz Kelmann Vieira. Questionado se ficou alguma rusga entre ele e o partido, o vereador crava: “Lógico”.

Assim que o nome do ex-presidente Fernando Collor foi anunciado como o candidato da coligação, Teotonio Vilela Filho divulgou nota dizendo que não votaria no ex-presidente. À Tribuna, em resposta ao presidente da Câmara Municipal, o ex-governador disse que “não foi o Kelmann que eu não apoiei, não apoiei a candidatura do Collor. Se o candidato ao governo fosse Kelmann, teria tido o meu apoio, não só porque é do meu partido, mas porque é um político confiável e com trabalho comprovado na política alagoana”.

O PSDB não quis comentar a escolha de voto ao Governo do Estado do parlamentar. Além de votar em Renan Filho, a relação estremecida entre o presidente da Casa de Mário Guimarães e o PSDB pode ter mais desdobramentos.

Parlamentar está com o pé fora da legenda tucana
Se depender do vereador Kelmann Vieira, na próxima janela partidária ele deixa o PSDB. A postura de dirigentes da legenda com a candidatura ao Governo do Estado o deixou desconfortável no ninho tucano.

“Do PSDB tenho uma admiração por Rui que sempre foi leal comigo, mas esses outros dirigentes que andaram se posicionando jamais terão lealdade minha porque não houve respeito por mim e pela minha história de vida”, diz o presidente da Câmara Municipal de Maceió. “Sempre foi muito correto comigo e tenho muito respeito por ele”, completa.

Sobre sua saída, ele enfatiza que antes de tomar um novo rumo terá uma conversa com o prefeito da capital alagoana, que preside a legenda em Alagoas.

“Eu sempre vou me posicionar de acordo com minhas convicções porque não tenho rabo preso com ninguém. Essa decisão será antes discutida com o prefeito Rui a quem estimo muito. Mas volto a dizer, não me sinto bem nesse partido”, comenta.

Para ele, o tratamento dado por boa parte do PSDB à candidatura majoritária que fez parte lhe ofendeu a honra.

“Não respeitaram minha história de vida. Tenho uma vida de muito trabalho. Tudo que consegui foi com muito trabalho e estudo e minha honra não será manchada por ninguém que queira usar o partido para benefício próprio”, afirma Kelmann Vieira.

O anúncio de Rui Palmeira de que não seria candidato ao Governo do Estado, em março deste ano, gerou dificuldades ao grupo oposicionista em definir um nome substituí-lo. Muitas especulações surgiram, inclusive o nome de Kelmann Vieira. Porém, e segundo o próprio, o Progressistas o vetou.

Assim como a escolha de Fernando Collor, sua presença como vice também ocorreu no limite do prazo para as convenções partidárias, as quais não contaram com a presença de nenhum grande nome do PSDB, exceto o prefeito de Arapiraca Rogério Teófilo.

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