21 Janeiro 2022 - 08:59

Paciente transferida de AM para AL, com Covid-19, se recupera e passa a trabalhar no hospital onde ficou internada

Thiago Duarte
Francisca Celane é uma das 14 pessoas transferidas do Amazonas para Alagoas, em janeiro de 2021

“Estávamos vivendo dias de guerra em Manaus, lutando pela vida e viemos para uma realidade totalmente diferente em Alagoas, onde encontramos uma equipe engajada em nos proporcionar aquilo que nós precisávamos, que era a cura”. Esse é o relato emocionante da assistente social Francisca Celane de Souza, de 41 anos, que é uma das 14 pessoas transferidas da capital do Amazonas para Alagoas, em janeiro de 2021, em busca de tratamento contra a Covid-19. Francisca, além de conseguir se recuperar da doença pandêmica, resolveu se mudar para Maceió e, atualmente, trabalha no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), onde recebeu tratamento e, agora, pode ajudar outras pessoas que travam uma luta contra o novo coronavírus.

Francisca Celane chegou a Alagoas na madrugada do dia 21 de janeiro de 2021, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que desembarcou em Maceió trazendo 14 pacientes acometidos pela Covid-19 e que foram transferidos de Manaus. Na época, com o avanço dos casos da doença no Brasil, a capital do Amazonas bateu recordes nas internações e as unidades de saúde ficaram sem oxigênio. Os pacientes foram encaminhados para o Hospital da Mulher (HM) e para o Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), na ação que fez parte da Operação Alagoas Solidária.

“Em todo esse atendimento que eu e meus conterrâneos tivemos, foi o amor que marcou cada uma das equipes, mas, o maestro foi sempre Deus, que derramou sabedoria no nosso governador e secretário. Fomos recebidos com muito amor, unidos com a medicina, à fé e à esperança. A equipe de psicologia e as demais equipes fizeram de tudo para que nossas famílias estivessem próximas da gente. Hoje me emociono porque foram dias difíceis. A equipe do Hospital Metropolitano nos proporcionou dias de paz, porque estávamos vivendo dias de guerra”, relatou Francisca, muito emocionada.

Francisca Celane, que é natural da cidade de Coari, no interior do Amazonas, começou a sentir os sintomas da Covid-19 no dia 9 de janeiro de 2021. Como o Estado estava com os hospitais lotados, sem receber novos pacientes, ela ficou se tratando em casa, até que não conseguiu mais devido a uma falha na respiração. No dia 18 de janeiro procurou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Amazonas, onde ficou internada por três dias e, posteriormente, foi transferida para Alagoas, onde passou a receber o tratamento adequado. Aqui, ela ficou 12 dias internada no Hospital Metropolitano de Alagoas, recebendo alta no dia 2 de fevereiro de 2021.

A assistente social conta que tem muita gratidão pelo Estado de Alagoas e que aqui observou uma oportunidade de mudança de vida. Ela começou a trabalhar no Hospital Metropolitano de Alagoas após dois meses da sua alta, no dia 8 de abril de 2021, onde relata que está muito feliz e realizada, podendo atuar junto dos profissionais que salvaram a sua vida.

Vacinação – Muito emocionada, Francisca destaca o papel fundamental da vacinação e pede para que todos se imunizem. “Quero pedir que, se alguém ainda não foi vacinado, que procure se imunizar, porque ela vai fazer toda a diferença. Pela segunda vez, em um ano, eu tive Covid-19 e fez toda a diferença no cenário e nos sintomas. Então, acredite e tenha fé, porque essa situação vai passar”, salientou.

O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, se encontrou com Francisca nesta quinta-feira (20), onde relembrou a vinda da paciente para Alagoas. “Vim aqui no Hospital Metropolitano, com o secretário [Executivo de Ações de Saúde, Marcos] Ramalho, para justamente discutirmos a ampliação dos leitos para atender os pacientes com a Covid-19. Com o número de casos crescendo no Estado, ficamos atentos e sempre buscamos a melhor solução. Quero destacar que em Alagoas nunca deixamos faltar oxigênio e nem colapsar o nosso sistema de saúde. É uma alegria muito grande encontrar a Francisca hoje aqui curada e trabalhando no hospital em que ela recebeu tratamento”, disse Ayres.

por Agência Alagoas

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