Curtas, Médias e Moduladas
Farinha no Saco
Em recente entrevista o prefeito de Penedo, Israel Saldanha, fez alusão à posse de um saco político que, segundo ele, metaforicamente, estaria cheio de farinha e que mostraria seu potencial na próxima eleição.
Outro dia, esta bloqueira foi procurada, insistentemente, por um “empresário” do ramo das pesquisas, interessado em divulgar um resultado bastante desfavorável ao alcaide, apenas porque em suas palavras, “seria importante divulgar para a sociedade a avaliação da administração municipal”, e sendo, o suposto primeiro colocado na pesquisa de intenção de votos, um membro de seu grupo político.
Neste domingo, 03, na edição do jornal Gazeta de Alagoas, na coluna do jornalista José Elias, uma notinha sobre uma possível articulação política do governador Teotonio Vilela para uma nova candidatura a prefeito da cidade de Penedo do ex-prefeito que renunciou, chama a atenção.
Considerando que em política, tudo que não é possível, é falso, como disse Antonio Del Castilho, esse saco de farinha deve estar mesmo cheio.
Resta saber quem vai comer a farinha que, pelo andar da carroça, já azedou. Se o povo de Penedo ou apenas o dono do saco.
Constatação
A nova demagogia ainda não está sendo bem assimilada pela opinião pública. A verdade é que as pessoas de boa fé ainda estão acostumadas com a demagogia verborrágica e rebuscada dos antigos corruptos, aquelas dos inúmeros tipos mostrados pela rede Globo de televisão, cujo exemplo mais recente é o prefeito de Brogodó, na novela Cordel Encantado.
Os novos demagogos estão trabalhando um discurso mais objetivo e pretensamente progressista induzido pelos marqueteiros contratados a peso de ouro.
Seduzir as massas com um vocabulário direto, autônomo, como se fosse de uma figura que não está nem aí para o poder é uma das estratégias preparadas e em planejamento para a campanha do ano que vem.
Só que esses demagogos estão no poder e vendem a mãe para não sair dele, se preciso for.
Amor e Ódio
É compreensível essa relação de amor e ódio com a imprensa alimentada por pessoas que não têm maturidade para lidar com o público. Relatar, escrever o que se vê, viu e ouviu, ser testemunha da história, é uma arte que só pode ser exercida por quem tem os cinco “ãos”: vocação, paixão, dedicação, inspiração e predestinação e um “agem”: coragem.
Não confundam os “ãos” com corrupção, putrefação, deterioração, prevaricação, ou o “agem” com camaradagem, malandragem, libertinagem ou vadiagem.
“A verdade é sempre subversiva” (Sidney Chalhoub)
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