Eleições 2020

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Acompanhe aqui tudo que rola nos bastidores da política alagoana

Postado em 27/08/2018 09:33

Após retorno à política, em 2006, patrimônio de Collor mais que duplica

O retorno à vida pública do senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) marcou um crescimento de 114% do patrimônio do ex-presidente da República. Em 2006, quando disputou e conquistou a vaga ao Senado de Alagoas, o político declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) possuir um patrimônio de R$ 9,6 milhões (em valores corrigidos pelo IPCA). Para a disputa ao governo do estado deste ano,

Collor declarou possuir bens num valor total de R$ 20,6 milhões. A lista de bens do senador é diversificada: inclui joias, imóveis, cotas em empresas e transmissões por herança. Um outro destaque fica para um hobby já conhecido do ex-presidente: a coleção de carros. Na garagem do senador, estão 10 veículos de luxo, com valor total somado de R$ 3,2 milhões. Em 2006 eram quatro.

Entre os bens também estão várias joias de ouro recebidas como pagamento da Ferrari que o senador possuía e vendeu. Os itens citados pela troca estão pulseiras, broches, anéis, pentes de ouro, entre outros tipos de joias. Em 2014, quando disputou vaga ao Senado, a Ferrari foi declarada e tinha valor estimado de R$ 585 mil.

Na declaração, o senador traz um dado curioso: a casa no loteamento Murilópolis, em Maceió, onde mora a ex-mulher dele, Rosane Malta. O imóvel adquirido em 1996 por meio de uma permuta está com valor congelado desde então: R$ 34.001,61. Já uma das casas (sem cidade apontada) do senador tem valor avaliado em R$ 4 milhões e é o bem mais caro declarado pelo ex-presidente em 2018. 

Em resposta ao UOL, Collor afirmou que os valores são compatíveis com sua remuneração de empresário e político e que "está tudo declarado na sua declaração de Imposto de Renda".

"Toda sua evolução patrimonial está devidamente suportada nos rendimentos tributados e declarados, nos financiamentos e nos mútuos que tem feito juntos às empresas do grupo da família", explica.

Em Alagoas, a família Collor é dona da Organização Arnon de Mello, que possui vários veículos de comunicação como a TV afiliada da Globo em Alagoas. Sobre a casa com valor congelado, o senador afirma que ela "está declarada pelo seu valor histórico na data de aquisição e a sua valorização, não podendo ser reavaliada a cada ano, conforme determina a legislação."

Apreensão

Em julho de 2015, uma operação da polícia Federal apreendeu carros de luxo na famosa Casa da Dinda, em Brasília, num valor total estipulado em R$ 5,8 milhões. Os carros, entretanto, estavam em nome de uma das empresas declaradas pelo senador, a Água Branca Participações.

Os carros foram devolvidos à empresa em outubro de 2015 e seguem em nome da empresa.
Nenhum dos veículos apreendidos foi passado para o nome do senador, segundo sua declaração de bens ao TSE.

Collor é réu no STF (Supremo Tribunal Federal)

Fernando Collor é réu no STF, no âmbito da Lava Jato, desde agosto de 2017, em ação impetrada pela PGR (Procuradoria Geral da República). Ele é acusado de influência política para desvio de verba da BR Distribuidora. 

Sobre a denúncia da qual é réu, Collor nega que tenha participado da indicação da diretoria da BR e afirmou que "acredita que, como no passado, terá oportunidade de comprovar sua inocência na fase seguinte do processo, colhendo, mais uma vez, o reconhecimento de sua inocência".

Veja a frota do senador declarada ao TSE em 2018:

Range ROver 2013 blindada - R$ 497.215,10
HIlux 2013 - R$ 142.000,00
KIA CARNIVAL 2006 - R$ 133.810,42
RANGE ROVER (ano não informado) - R$ 259.852,79
MERCEDES E 320 2003 - R$ 342.810,00
CADILAC SRX (ano não informado)- R$ 230.000,00
Toyota Land Cruiser 2005 - R$ 180.000,00
Hyundai Vera Cruz 2012 - R$ 139.000,00
BMW 760 IA 2007 - R$ 943.611,73
Citroen 06 (ano não informado) - R$ 322.804,32

 

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