19 Fevereiro 2021 - 18:47

Lacen faz vigilância laboratorial para identificar variantes do coronavirus em Sergipe

O Laboratório Central de Sergipe (Lacen) tem feito uma enérgica vigilância laboratorial para detectar no estado, a presença e circulação das três variantes do novo coronavírus de interesse mundial, dentre as mais de 800 descobertas. São elas a P1, de origem brasileira, a B.1.1.7., do Reino Unido e a 501.V2, da África do Sul, que têm a capacidade de se espalhar com mais facilidade do que outras versões do vírus. A vigilância laboratorial mostra que nenhuma das três linhagens que causam grande preocupação aos cientistas no mundo inteiro foi identificada em Sergipe, mas revelou que no estado circulam oito linhagens diferentes do novo coronavírus.

A circulação de várias linhagens do vírus em época de pandemia é comum, especialmente, quando se trata de um vírus respiratório, segundo avalia o superintendente do Lacen, o farmacêutico bioquímico Cliomar Alves, informando que a vigilância laboratorial é feita a partir da parceria com os laboratórios de referência nacional Fiocruz, no Rio de Janeiro e o Lacen, da Bahia. “Enviamos um mínimo de três amostras por semana para os laboratórios fazerem a investigação de novas variantes em circulação, a partir do sequenciamento genético do vírus”, disse.

A seleção das amostras segue critérios como ter carga viral alta, ter o portador do vírus estado em área onde circulam as variantes de interesse, a exemplo de João Pessoa, Manaus, Rio, São Paulo, Inglaterra e África e ser contactante de pessoas que adquiriram o vírus e estiveram nas áreas de risco destas novas linhagens. Os critérios servem também para os casos de óbitos, segundo informou o superintendente.

O bioquímico ainda ressaltou que, mesmo sem a presença de variantes de interesse do novo coronavírus no Estado, a vigilância laboratorial é importante para detectar uma possível transmissão comunitária de novas linhagens, aferir a imunidade de rebanho, sua importância para vacina e ainda identificar pessoas contaminadas mais de uma vez por diferentes cepas, tratando-se, neste caso, de reinfecção.

“Conhecer o cenário epidemiológico e o comportamento do vírus nos dá os parâmetros e a base pra gente planejar e montar toda a estrutura da assistência e cuidado ao paciente porque sabendo que há mais de uma linhagem circulando no Estado. Temos a ciência da possibilidade de reinfecções”, enfatizou o superintendente, acrescentando que a vigilância laboratorial exige permanente interação com as Vigilâncias Epidemiológicas do Estado e dos municípios para a identificação dos pacientes que podem ser submetidos à investigação das variantes.

por Agência Sergipe

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