16 Agosto 2022 - 15:20

Anjos Azuis aproxima Guarda da comunidade e trata questões delicadas por meio do lúdico

Criado em 2013, através da junção de outras duas iniciativas, o projeto Anjos Azuis, da Guarda Municipal de Aracaju (GMA), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Defesa Social e Cidadania (Semdec) foi uma das estratégias encontradas para aproximar a corporação da população, sobretudo de crianças e adolescentes. Tendo como carro-chefe o teatro de fantoches, o projeto desenvolve peças com foco no combate ao bullying, drogas, violências e outros temas sensíveis da sociedade, de forma a conscientizar e sensibilizar aqueles que estão em processo de formação social.

O trabalho se desenvolve em unidades escolares, da rede pública ou particular, atendendo a um público de vasta faixa etária. Os temas, bem como a linguagem com que são abordados, se adéquam a cada grupo espectador.

“Ajustamos as temáticas de acordo com as necessidades que as próprias coordenadoras e escolas vão passando para a gente. Dentro das temáticas, separamos, por exemplo, algumas para a primeira infância [0 a 6 anos] onde o tempo é menor, a atividade de fixação é menor, tem revisão com a pedagoga, a gente ajusta música e elementos visuais que podem aparecer. Sempre buscamos adequar de acordo com a idade para que realmente eles já cresçam com esses ensinamentos” afirma a coordenadora do projeto, Aracelly Matos.

A atuação do Anjos Azuis é desenvolvida durante todo o ano e, mesmo quando a rede municipal de ensino está em férias, o trabalho segue, atendendo unidades da rede particular ou da rede estadual, como ocorreu, na última semana, na Escola Estadual Clodoaldo de Alencar, no bairro Bairro Santo Antônio. Na oportunidade, foi desenvolvida mais uma ação de conscientização com estudantes sobre a importância de combater o bullying nas escolas.

Olhos atentos, sorrisos e muita diversão. Foi assim que os alunos dos três primeiros anos do ensino básico acompanharam a apresentação de fantoches que mostram situações corriqueiras no dia a dia das escolas, ensinando que "bullying não tem graça".

A diretora da escola, Maria Efigênia Barbosa, vê como fundamental o trabalho desenvolvido pela Guarda Municipal, principalmente nesse retorno às aulas presenciais, onde o convívio com outros colegas voltou a acontecer.

“Percebemos que as crianças vieram um pouco mais agitadas porque ficaram dois anos reclusas em casa, sem contato nenhum com o ambiente escolar. Sabemos que eles vivenciaram muitas coisas negativas, infelizmente. Nosso papel, o papel da escola, é fazer com que consigamos superar essas coisas negativas ”, enfatiza Maria Efigênia.

Evolução

No projeto desde 2017, Aracelly assumiu a coordenação há cerca de um ano. Ela diz que, nesse tempo, foram implantadas algumas formas de avaliar a absorção do conteúdo para colher informações, tanto das escolas, quanto do impacto causado nas crianças.

“Implantamos as atividades de fixação, onde voltamos à escola, no prazo entre 15 dias a um mês, para verificar se os alunos compreenderam o texto que foi passado. A abordagem é nova, mas vem apresentando resultados positivos”, conta Aracelly.

Hoje, ao todo, 10 agentes se revezam nos dias de folga para atuar no programa.

“Dos fantoches aos textos, todo o material é produzido pela Guarda Municipal. A nossa Guarda, supervisora Sabrina, é quem produz os fantoches”, conta Aracelly.
 

por Secom - Maceió

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