A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através do Complexo de Regulação de Saúde de Sergipe (Sigau), está concluindo a organização do fluxo de acesso de pacientes portadores de síndromes coronárias agudas ao Hospital Cirurgia, unidade de referência para o tratamento desse tipo de doença isquêmica, que tem como principal representante o infarto agudo do miocárdio (IAM). A regulação pelo Sigau atende ao acordo firmado na Justiça federal, que transferiu para a SES a gestão do contrato do Hospital Cirurgia para assistência aos pacientes do SUS.
“Foi criado um protocolo clínico, amplamente discutido com a presença de vários atores, a exemplo do pessoal do Complexo de Regulação do Estado e do Núcleo Interno de Regulação (NIR) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), do representante da unidade vascular avançada do Hospital Cirurgia e alguns cardiologistas. A ideia é que esse fluxo seja qualificado e mais otimizado para que se use o recurso naqueles casos de maior necessidade para os pacientes que estão no sistema estadual de saúde pública. A regulação dar-se-á através da Central de Regulação de Urgência 192, toda vez que houver necessidade do paciente ter cesso aquela unidade vascular”, explicou o coordenador do Sigau, Clóvis França.
Segundo ele, o protocolo, além de ser clínico, traz também as indicações para as quais deverá ser acionada a central para o acesso do paciente, e atesta que o processo de regulação desse acesso torna muito mais célere e qualificada as condições de tratamento do paciente, desde o momento em que ele entra em qualquer unidade de saúde do Estado, até a sua possível transferência, se for pertinente a necessidade.
“Estabelecer um protocolo de regulação de acesso para os casos de síndromes coronárias agudas é um passo importante. Outros protocolos virão, como o de isquemias cerebrais , que, juntos, irão compor o processo de regulação de acesso dos usuários aos serviços de saúde ofertados por aquela unidade. Mas, pelo quantitativo de pacientes que são acometidos pela síndrome coronária aguda, nós optamos por começar por este”, informou o coordenador.
Clóvis França salientou que há um percentual elevado de pacientes que têm doenças coronárias agudas, isquêmicas e aqueles que têm fatores de risco, como os obesos, fumantes e hipertensos. Ele informou que os casos de urgência não obedecem à regulação pois são encaminhados imediatamente ao hospital, mas destacou que há uma fila de espera para as cirurgias eletivas. “O Estado está fazendo um levantamento desses pacientes para quantificar essa demanda e a partir daí organizar por prioridades e regular os casos que têm indicação para o hospital de Cirurgia”, salientou França.