11 Setembro 2019 - 09:55

SE foi o 3º estado do Brasil que mais reduziu latrocínio, aponta o Anuário Brasileiro de Segurança Pública

Divulgação
O Anuário produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública

A 13ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta terça-feira, 10, mostrou que Sergipe foi o terceiro Estado do Brasil que mais reduziu o crime de latrocínio em 2018. O Anuário apontou uma queda de 45,5% em relação ao ano de 2017. O Anuário produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública foi divulgado nesta terça-feira (10), em São Paulo e utiliza estatísticas produzidas por todas as Unidades da Federação. Os dados confirmam os números da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Ceacrim) da Polícia Civil de Sergipe.

Segundo o Anuário, o estado que mais reduziu latrocínio foi Roraima, no Norte do Brasil, (81,3%); seguido por Pernambuco com 47,7%. Em números absolutos, Sergipe registrou em 2017, 59 latrocínios, caindo 32 no ano de 2018. Se comparar a taxa de latrocínio por 100 mil habitantes, o estado deixou a alta taxa de 2,6 (2017) para 1,4 (2018).

O Anuário atesta, ainda, que 2.486 pessoas foram vítimas de latrocínio em 2017 em todo o Brasil. Em 2018, foram 1.929 vítimas, representando uma queda de 22,7%. De acordo com a delegada-geral da Polícia Civil, Katarina Feitoza, os números do Anuário confirmam uma tendência de queda de todos os crimes violentos letais intencionais registrados em Sergipe.

“É marca dessa gestão a integração entre as polícias e a ampliação do trabalho investigativo que tem sido desenvolvido em Sergipe para alcançar a mencionada redução. Houve um investimento forte na área de inteligência, compartilhamos investigações e nos reunimos semanalmente no gabinete do secretário de segurança e no gabinete da Delegacia Geral para acompanhar as estatísticas e planejar operações em determinadas localidades onde os crimes aconteceram”, destacou.

Paralelo a isso, há dois anos, foi inaugurado o Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri) no âmbito da Polícia Civil. A unidade tem a incumbência de centralizar todos os crimes contra o patrimônio, tais como: roubo, furto, latrocínio, entre outros do mesmo gênero jurídico.

O comandante da Polícia Militar, coronel Marcony Cabral, diz que tem articulado operações em horários estratégicos para que aconteça a diminuição do crime de roubo. “Quando a população começou a trabalhar junto com a Polícia Militar, esses índices começaram a baixar gradativamente. Temos que salientar que o trabalho em conjunto entre as polícias é um marco importante nessa queda da criminalidade”, afirmou o comandante-geral.

Latrocínio assusta mais que homicídio

Também consta na pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que a população brasileira tem mais medo do crime de latrocínio do que o homicídio. A percepção é de que qualquer pessoa possa vítima desse tipo de crime. Isso ocorre, aponta o estudo, porque o latrocínio não se concentra em nenhuma faixa etária em particular e atinge a todos de forma mais uniforme. Entre as vítimas dos roubos que resultam em mortes, chama atenção que a faixa com maior número de casos é aquela com indivíduos entre 60 e 69 anos de idade, seguida de perto pelas faixas entre 35 a 39 anos de idade e 30 a 34 anos.

“Imagine a pessoa perder a vida por causa de um bem material. É algo que assusta e amedronta a população. Por isso, que temos que comemorar essa redução e continuarmos firmes para reduzir essa taxa ainda mais. Felizmente, essa tendência de queda está se confirmando em 2019 e mostra que a segurança pública está no caminho certo”, atestou o secretário João Eloy.

De acordo com o coordenador do Ceacrim, Sidney Teles, no caso de latrocínio, as ações de segurança pública conseguiram quebrar uma linha de tendência de aumento de 14% anual nessa modalidade criminosa. “Conseguimos em dois anos (2017/2018) consecutivos uma boa redução, que se mantém em queda ao longo deste ano″, finalizou.

por Agência Sergipe

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