12 Agosto 2022 - 13:32

Atendimento médico especializado garante qualidade de vida a crianças e adolescentes

Sendo a referência do atendimento especializado na rede municipal de saúde, o Centro de Especialidade Médicas (Cemar) abriga, na unidade do Siqueira Campos, um vasto e essencial setor voltado à criança e ao adolescente, o Cemca. Implantado em 2003, o espaço realiza atendimentos em nove especialidades médicas: gastroenterologista, dermatologista, endocrinologista, alergista, ortopedista, pneumologista, cardiologista, homeopata e cirurgião geral pediátrico.

O setor também oferta consultas em enfermagem, odontopediatria, psicologia, serviço social, nutrição e fonoaudiologia. As consultas são agendadas via UBS de referência onde o usuário reside, através do IDS Saúde regulado pelo Núcleo de Controle, Avaliação, Auditoria e Regulação (Nucaar).

Até o final de julho deste ano o local foi responsável por 2.198 atendimentos, em um trabalho de muita atenção e afeto, como aponta a gerente Jussanima Oliveira.

“O CEMCA surgiu para oferecer um atendimento qualificado e especializado a crianças e adolescentes. Acho que o nosso acolhimento humanizado é o nosso diferencial, sobretudo por receber um público muito carente. Temos uma equipe que se doa, trata dos pacientes com bastante carinho”, ressalta a gerente.

Toda a equipe multidisciplinar segue as mesmas diretrizes, de forma que se realize um diagnóstico preciso, garanta-se o tratamento adequado e que os responsáveis sejam orientados da melhor maneira, para que, assim, as dificuldades sejam ultrapassadas e se conquiste uma melhor qualidade de vida. Ao agir desta forma, é possível que profissionais e pacientes criem uma relação de parceria dedicada e respeitosa.

“A odontopediatria no CEMCA, por exemplo, acolhe as crianças para realizar procedimentos de média complexidade, ou seja, aqueles que não são realizados na UBS, ou em crianças, acima de 3 anos, com comportamentos mais desafiadores em relação à colaborar com o tratamento. Para mim, é muito gratificante poder ofertar esse tipo de atendimento no serviço público com a mesma qualidade do que ofereço no meu consultório particular. Poder tirar a dor da criança, fazer a reabilitação da saúde e estética também é edificante e acontece diariamente”, destaca a odontopediatra Suzane Rodrigues, que atua no espaço desde o início.

Para quem precisa dos serviços, como a dona de casa Paloma Santos Conceição, mãe de José Ismael, a sensação é de não estar lutando sozinha, ao contrário, de achar força no respeito e tratamento técnico que recebe. Há dez anos, José é tratado no CEMCA, por conta de um problema na coluna.

“Eu desconfiava porque, mesmo com 2 anos e pouco, ele não andava, então trouxe pela primeira vez, isso há dez anos. O médico o olhou caminhando e passou um raio-x. Foi descoberta a escoliose, que estava prejudicando o joelho e as costelas, e que surgiu por conta da cava do pé que não se desenvolveu. No Cemca, ele começou a usar o sapato ortopédico e, agora, vai usar um colete na coluna. Eu me sinto ótima porque ele teve todo o acompanhamento nesse tempo e vejo a melhora. Meu sonho é que ele continue estudando e consiga se formar. Eu sei que o tratamento vai ajudar a realizar esse sonho”, relata Paloma.

A mãe de Enzo Ruan, de 2 meses, Enilde Santos, 36 anos, iniciou o tratamento do seu filho, em razão de um diagnóstico de pé torto congênito, e também se considera grata pela forma como tem sido auxiliada.

“A equipe é muito boa, me deixaram muito mais aliviada. Com o cuidado que ele está recebendo, já consigo colocar ele em pé. Não esperava ver o resultado tão rápido, fico até sem palavras. Só posso agradecer”, conta Enilde.

Diagnosticado com uma doença congênita, Emanuel, 2 anos, filho de Ana Lorena Alves, 20 anos, também tem apresentado uma constante evolução, o que faz com que sua mãe deixe para trás o medo e siga em frente com confiança e esperança em um futuro melhor.

“Quando ele nasceu, ainda na maternidade, o médico disse que ele tem o pé torto congênito. Foi um choque porque não dava para saber pelas ultrasons, eu não esperava. Fiquei com medo dele não caminhar. Lembro que perguntei assim: meu filho não vai brincar de bola? Mas consegui uma consulta no Cemca e me falaram que havia tratamento. Ele começou com 3 meses, usando gesso de segunda a segunda. Depois, fez a tenotomia e, após, a usar a órtese, tudo pela Prefeitura. O atendimento sempre foi maravilhoso, registrei cada etapa, a evolução. Agora, ver meu filho caminhar, chutar uma bola, é incrível, estou muito orgulhosa”, declara Ana.

Nos quase 20 anos em que está em operação, o CEMCA tem sido um exemplo de que o alinhamento das práticas mais modernas criadas pela ciência médica junto à ternura e ao carinho para com quem está em dificuldades é o melhor método de tratamento possível.

por Secom - Aracaju

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