Na sessão ordinária desta terça-feira, 23, da Assembleia Legislativa, o deputado Judson Cabral (PT) disse ter conversado com servidores do Laboratório industrial e Farmacêutico de Alagoas (Lifal), os quais relataram a situação vivida pelo órgão atualmente, com sua produção reduzida. O parlamentar sugeriu uma investigação do Legislativo no trabalho do laboratório.

De acordo com Cabral, o órgão tem estrutura para produzir 28 tipos de medicamentos, a exemplo do chamado coquetel anti-Aids, mas atualmente sua produção é de apenas quatro substâncias. Conforme seu relato, os servidores do laboratório estão insatisfeitos e desestimulados. “Eu sugiro que esta Casa cumpra seu papel fiscalizador e peça explicações à direção do órgão. Se for necessário, até através de uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito]”, sugeriu o petista.

Ele lembrou que não é a primeira vez que o Lifal enfrenta tal situação. “O governo do Estado trata o órgão como se ele não tivesse importância. O laboratório já esteve na imprensa, várias vezes, devido a denúncias de malversação”, recordou Judson Cabral. Diante do pronunciamento, o deputado Antonio Albuquerque (PT do B) adiantou que coloca seu nome à disposição para o trabalho de fiscalização no órgão.

O deputado Rui Palmeira (PSDB) explicou que foi informado que a direção do Lifal está recorrendo contra um contrato firmado por gestões anteriores, considerado pernicioso à administração pública. “Daí a necessidade desta Casa investigar o caso”, ressaltou o deputado Judson Cabral.