20 Janeiro 2010 - 08:14

PDT declara apoio informal à candidatura de Dilma Rousseff

Por unanimidade, a Executiva nacional do PDT decidiu na noite desta terça-feira apoiar a pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à sucessão presidencial. A decisão garante apenas um apoio informal à campanha da petista porque ainda precisa ser referendada pelo Diretório Nacional e por uma convenção partidária que será realizada apenas em junho. A expectativa é que o diretório confirme sem grandes dificuldades o reforço na campanha de Dilma.

Segundo o presidente licenciado do PDT, ministro Carlos Lupi (Trabalho), o embarque do partido na campanha de Dilma será condicionado à inclusão de bandeiras da legenda --como medidas voltadas para educação e a redução da jornada de trabalho-- no programa de governo petista. O apoio do PDT deve garantir a candidatura da ministra quase dois minutos a mais de propaganda no horário eleitoral gratuito.

"Tiramos o indicativo de apoio à candidatura da ministra Dilma Rousseff com o condicionamento dos programas que o PDT considera fundamentais. Um exemplo disso é o tempo integral das escolas públicas", disse.

Para o presidente do PDT, deputado Vieira da Cunha (RS), uma aliança com Dilma seria o caminho mais "natural" porque a ministra foi fundadora do partido e também porque atualmente a legenda faz parte da base de apoio do governo Lula.

"Escolhemos a Dilma até por uma questão de coerência política. Afinal, fazemos parte do governo Lula e ele tem sua candidata. Queremos que ele [governo Lula] tenha continuidade e a única hipótese seria apoio a ministra", disse.

O deputado afirmou que na avaliação do partido o lançamento das candidaturas do deputado Ciro Gomes (PSB) e da senadora Marina Silva (PT) ao Palácio do Planalto dificultariam uma candidatura própria do PDT para suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Na atual conjuntura política não há espaço para uma campanha liderada pelo PDT. Com as candidaturas de Marina e Ciro ficaram mais estreitas as possibilidade de aliança que pudessem viabilizar a candidatura do PDT", disse.

Nos bastidores, Lupi e Vieira da Cunha eram os principais incentivadores da aliança com o PT. Os argumentos dos dois parecem ter convencido até o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que estava disposto a ser o nome do partido na corrida presidencial e chegou a liderar um movimento de resistência a Dilma. Na reunião de hoje, Cristovam e mais 16 integrantes da Executiva defenderam a adesão ao PT.

No início do mês, Cristovam se antecipou a decisão da Executiva e retirou seu nome da disputa e se posicionou contrário a uma sustentação da campanha petista. O senador afirmou na época que o PDT perderia uma oportunidade de dar uma vitrine às bandeiras da legenda. O PDT conta atualmente com 23 deputados federais, cinco senadores e nenhum governador.

 

 

por Folha OnLine

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