17 Maio 2010 - 18:38

Descoberta do Pré-Sal é debatida em sessão pública na Assembleia

Plínio Nicácio

A Assembleia Legislativa realizou sessão pública nesta segunda-feira, 17, para debater a questão da descoberta do Pré-sal pela Petrobras. Representantes de setores ligados à questão estiveram presentes à reunião e receberam explicações sobre o significado dessa descoberta que pode levar o Brasil a ser um dos líderes na produção de petróleo dentro de alguns anos.

O gerente da unidade estadual da Petrobras em Alagoas, Marcos Silveira Gonçalves, fez uma explanação sobre o tema, apresentou diversos slides para demonstrar a importância do novo produto para a economia do País e relacionou os quatro projetos de lei sobre o tema que constam na pauta de discussões do Congresso Nacional. “Os parlamentares se debruçam, atualmente em matérias que criam a nova empresa da Petrobras que irá explorar esse novo recurso natural, o novo regime de produção e a forma de capitalização da nova empresa” explicou Silveira.

O representante do Sindipetro, que congrega as ações dos estados de Alagoas, Bahia e Sergipe, Dalto Francisco dos Santos, fez um discurso cético. Para ele, os recursos naturais que originam o petróleo demoram cerca de 80 a 90 milhões de anos para a sua formação. O sindicalista tem formação em geologia. Sem falar diretamente, ele não acredita que a descoberta poderá dar tão grande vazão ao País, como se noticia atualmente.

A estimativa de produção com a descoberta do novo recurso natural é de aproximadamente 16 bilhões de barris. Para o final de 2010 a expectativa é de uma produção de 100 mil barris e poderá chegar a a mais de um milhão de barris por dia a partir de 2017. A área de exploração está localizada a uma distância estimada em até 7 mil metros abaixo do fundo do mar. A espessura da camada não chega a 2 mil metros, o equivalente a 25 prédios de 20 andares. Com a exploração do pré-sal, o Brasil poderá passar da 13ª colocação para a 4ª entre os maiores produtores de petróleo do mundo.

A sessão pública foi proposta pelo deputado Judson Cabral (PT) e contou com a presença do sindicato dos Engenheiros, Ailton Pacheco, presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Aloísio Ferreira, Cláudia Petuba, da UNE, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Ambiental (Abes), Ricardo Vieira, Luiz Gomes, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), dentre outros.
 

por ALE

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