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Fraude em cartório: Ciretrans do Sertão serão investigadas

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Fraude em cartório: Ciretrans do Sertão serão investigadas

delegado Maurício Henrique, diretor da DPJA-2 (Diretoria de Polícia Judiciária da Área 2), comandante da operação da Polícia Civil que prendeu donos de cartórios, no município de São José da Tapera, revelou nesta terça-feira (27) que Ciretrans do Sertão alagoano também serão investigadas.

Existe a suspeita de que funcionários dessas repartições de trânsito e despachantes estejam envolvidos na fraude de reconhecimento de firma para transferência ilegal de veículos.

Maurício Henrique explicou que o golpe vinha acontecendo há algum tempo, e atualmente já existem cerca de 50 casos investigados.

A quadrilha comprava os veículos, mas fazia a transferência de propriedade, falsificando a assinatura do proprietário e não pagava o valor combinado. O cartório de São José da Tapera se encarregava de reconhecer da firma (assinatura) da pessoa que vendia o carro. Assim, o golpe era concretizado e o dono ficava sem o veículo e sem o pagamento pela venda.

“Temos casos de reconhecimento de assinatura de pessoas que moram, na verdade, em Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas, e que nunca tiveram firma no cartório de Tapera”, afirma o delegado. Segundo ele, há caso até de reconhecimento de firma de pessoa já morta.

As investigações iniciaram há de 90 dias, depois que o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) detectou que cerca de metade das assinaturas de proprietários de veículos que faziam transferências na Ciretran da cidade de Delmiro Gouveia tinham a firma reconhecida no cartório de São José da Tapera. A denúncia foi feita à Polícia Civil que acabou descobrindo a existência da quadrilha.

Na operação desta terça-feira (27), que teve a participação também do delegado Rodrigo Cavalcante, da Regional de Batalha, foram presos os donos do cartório da cidade de Tapera, Pedro Barreto Muniz, 42 anos, e o irmão dele Roberto Barreto Muniz, 50. A esposa de Roberto, Márcia dos Anjos Barreto Muniz também foi presa.

Maria Fernanda Sá Pontes, envolvida na fraude, não foi encontrada. Ela teria viajado para o Estado de São Paulo.

Todos tiveram prisão temporária decretada pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital e devem ser interrogados, na próxima quinta-feira (29), na sede da Polícia Civil, no bairro de Jacarecica, em Maceió.

Na operação, também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão para o recolhimento de documentos que comprovam os crimes praticados pelo grupo.

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