19 Julho 2019 - 10:21

Cansados, alagoanos fogem de fazenda onde trabalhavam em condições degradantes no Espirito Santo

Ilustração
Um homem que prometeu trabalho com diárias que poderiam chegar a R$ 100, mas isso não aconteceu


O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas irá investigar o caso de alagoanos que supostamente eram vítimas de trabalho análogo ao de escravo no município de Boa Esperança, no Espírito Santo.

O caso veio à tona quando os dezoito trabalhadores, que são de Piranhas, no Sertão de Alagoas, fugiram de uma fazenda onde trabalharam na colheita de café.

Segundo o MPT/AL, os alagoanos foram resgatados no momento em que a van que viajavam de volta para Alagoas foi parada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no município de Teixeira de Freitas, na Bahia.

Para a polícia eles explicaram estar naquela situação porque tinham sido enganados por um homem que prometeu trabalho com diárias que poderiam chegar a R$ 100, mas isso não aconteceu.

Eles contaram ainda que ao chegarem a Boa Esperança, foram alojados em uma casa sem condições mínimas de higiene e sem mobiliário.

Os rendimentos pelos trabalhos que fizeram ficavam entre R$ 20 e R$ 50 por dia e tanto as ferramentas usadas no trabalho quanto a comida que consumiam estavam sendo pagas pelos próprios trabalhadores. Cansados, os lavradores se voltaram contra o agenciador e decidiram deixar de trabalhar. 

Diante da denuncia, os policiais então levaram o grupo até Eunápolis para que a unidade do MPT na Bahia tomasse os depoimentos e providenciasse transporte regular para a cidade de origem dos trabalhadores.

O caso também será remetido para a unidade do MPT no estado do Espírito Santo.
 

por Redação

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