Cerca de 400 ativistas em defesa dos direitos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) de 35 países se encontraram para discutir diferentes aspectos da defesa da cidadania e combate ao preconceito e à homofobia. Com uma programação variada e abrangente, a V Conferência Regional da ILGA na América Latina e no Caribe foi realizada em Curitiba (PR), entre os dias 26 a 31 de janeiro.
Representando o Estado de Alagoas, estiveram presentes ao encontro, o jovem Rodrigo Lobo, Coordenador da Diversidade Sexual da Prefeitura de Penedo, Fábio Ramos e Dino Alves que representaram na oportunidade a ONG Pró-Vida. Para Dino Alves, membro da Comitiva Alagoana o evento foi de grande importância para o Movimento LGBT, considerando as valorosas trocas de experiências internacionais que ocorreram, durante os 04 dias de encontro. “É a primeira vez que o Brasil sedia esse encontro internacional e poder participar dele é muito emocionante”, declarou Alves.
A ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais) é uma federação mundial que congrega grupos locais e nacionais dedicados à promoção e defesa da igualdade de direitos para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais (LGBTI) em todo o mundo. Fundada em 1978, a ILGA reune entre seus membros mais de 670 organizações, entre pequenas coletividades e grupos nacionais, representando, assim, mais de 110 países, oriundos de todos os continentes. No encontro de Curitiba, estará representada a seção da América Latina e Caribe da ILGA.
O evento discutiu os direitos humanos de LGBT na América Latina e Caribe (LAC). Na região LAC nos últimos anos, houve alguns avanços como descriminalização da homossexualidade no Equador, Nicarágua, Chile e Panamá. No entanto existem onze países (Antigua e Barbuda, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, Santa Lúcia, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadina e Trinidad e Tobago) onde a homossexualidade é considerada crime, o que demonstra a necessidade urgente de ações do movimento e governos no enfrentamento desse e de outros desafios. Na Conferência haverá representantes de 8 destes 11 países e serão discutidas estratégias de descriminalização.