04 Junho 2018 - 15:50

Após seis anos, inquérito sobre o caso Roberta Dias é concluído e encaminhado ao Judiciário

Divulgação
O caso Roberta Dias teve uma grande reviravolta recentemente

Após seis anos, a comissão de delegados que investiga o caso Roberta Dias concluiu e encaminhou o inquérito policial à 4ª Vara Criminal de Penedo. O encerramento dos trabalhos sobre o misterioso sequestro e assassinato da jovem, que estava grávida, atendeu ao prazo estabelecido pela Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas.

A informação foi repassada à imprensa na manhã desta segunda-feira, 04 de junho, pelo delegado-geral Paulo Carqueira, durante a solenidade de inauguração do Batalhão de Polícia da Radiopatrulha (BPRp) Capitão Rodrigo Moreira Rodrigues, em Maceió.

De acordo com Cerqueira, o prazo acabou no dia 30 de maio, mas a comissão só conseguiu concluir os trabalhos na última sexta-feira, 1º de junho, apontando quem foram os envolvidos no caso e a participação de cada indiciado no sequestro, homicídio e ocultação do cadáver de Roberta Dias.

“O inquérito já foi concluído e encaminhado à Justiça, em Penedo. Agora, somente o magistrado titular da Vara Criminal da comarca e o Ministério Público poderão passar mais detalhes sobre os indiciados, pois o processo segue em segredo de Justiça”, explicou o delegado-geral.

O caso Roberta Dias teve uma grande reviravolta recentemente, quando um laudo pericial produzido pela Polícia Federal vazou. No documento, há a transcrição de um diálogo entre duas pessoas, onde uma dela confessa, com riqueza de detalhes, como o crime foi planejado e executado na companhia do pai do filho que a vítima esperava na época.

No laudo, com revelações chocantes, o jovem que confessa o crime não cita que houve a participação de outras pessoas, negando, inclusive, que a sogra da vítima teria participado ou, ao menos, sabia da trama assassina. O indivíduo chega também a repudiar a atitude do amigo, que supostamente ajudou a executar Roberta Dias, por ter deixado a própria mãe ser presa por mais de 60 dias.

Além da sogra da jovem, dois policiais civis e outras duas pessoas chegaram a ser presas 16 meses após o desaparecimento da jovem, mas todos foram liberados posteriormente por decisão judicial.

Esse documento estava em posse dos delegados há anos, mas o inquérito seguia aberto, o que fez com que o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol-AL) pressionasse a comissão para que concluísse as investigações já que toda a sociedade alagoana, principalmente os penedenses, aguardavam o desfecho do caso.
 

por Redação

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