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Governo estende redução de IPI até março para carros que poluem menos

Governo estende redução de IPI até março para carros que poluem menos

Os automóveis com motor flex, que são movidos a álcool e a gasolina, e aqueles movidos exclusivamente a álcool continuarão a pagar menos imposto. O governo estendeu, até o final de março, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos do tipo, de modo a estimular a produção de veículos que poluem menos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou há pouco a medida.

Para os carros flex e a álcool de até 1 mil cilindradas, a alíquota será mantida em 3% até 31 de março. O governo desistiu de seguir a escala de recomposição, que previa o retorno da alíquota a 7% em janeiro. Os automóveis de até 2 mil cilindradas continuarão a pagar 7,5% de IPI também até março, em vez de voltar a pagar 13% em janeiro.

O governo manteve o cronograma de recomposição das alíquotas para os carros a gasolina, tanto de mil como de até 2 mil cilindradas, que voltarão a pagar as alíquotas originais em janeiro.

Em relação aos caminhões, o governo prorrogou a isenção de IPI até junho de 2010. Segundo Mantega, o objetivo é estimular a renovação da frota, que tem idade média de 18 anos. O ministro da Fazenda informou que a extensão das desonerações terá impacto de R$ 1,3 bilhão nos cofres públicos.

De acordo com Mantega, a desoneração não tem como objetivo aumentar as vendas de veículos, mas estimular a inovação e o desenvolvimento tecnológico do setor, recompensando os veículos que poluem menos e rendem mais.

“Essas ações pretendem estimular um menor consumo de energia para preservar o meio ambiente. É importante lembrar que o Brasil está indo para Copenhague com propostas bastante fortes na redução das emissões de gás carbônico”, afirmou, referindo-se à reunião, dos países das Nações Unidas, que discutirá a questão climática em dezembro. Mantega acrescentou que propostas ambientais semelhantes na compra de carros também foram adotadas pela Alemanha.

O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, afirmou que a medida levará a indústria automobilística brasileira a um novo nível tecnológico. “O Brasil é o quinto maior mercado do mundo e detém centros de engenharia de renome mundial. O país tem condições de oferecer alternativas ambientalmente amigáveis no modo que foi feito com os motores flex”, declarou.

Por causa da crise econômica mundial, que provocou escassez de crédito, o governo reduziu, em dezembro do ano passado, o IPI para veículos de até 2 mil cilindradas com o objetivo de manter o nível das vendas. Os carros de até mil cilindradas ficaram isentos do imposto e os automóveis entre mil e 2 mil cilindradas tiveram a alíquota reduzida à metade, por dez meses. No mês passado, as alíquotas começaram a ser recompostas e vão estar no patamar normal em janeiro.

A desoneração para os automóveis ambientalmente corretos segue a linha das reduções de impostos para eletrodomésticos anunciada no final de outubro pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Máquinas de lavar, fogões, geladeiras e tanquinhos com selos de classe A e B, que consomem menos energia, tiveram a redução de IPI prorrogada até o final de janeiro.

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