28 Maio 2010 - 19:36

"Homem-Motoserra" invade oito capitais do Brasil neste final de semana

Greenpeace

Ativistas do Greenpeace voltam às ruas para contar uma história de ataque às nossas florestas e pedir a ajuda dos brasileiros para impedir um final trágico. Neste final de semana, oito capitais (Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio, Salvador e São Paulo) serão apresentadas ao “Homem-Motosserra”, paródia dos políticos que querem acabar com as matas com alterações no Código Florestal.

O Homem-Motosserra vai contar para as pessoas todas as maldades que planeja. Seu plano principal é desfigurar a legislação ambiental atual, considerada uma das mais avançadas do mundo, e abrir brecha para mais desmatamento. Ele representa em especial os deputados da ‘bancada da motosserra’, grupo de ruralistas que dominam hoje uma comissão especial sobre o Código Florestal.

Alagoano é relator da matéria na Câmara Federal

O alagoano natural de Viçosa e deputado federal por São Paulo, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), é o relator da relator da comissão especial que analisa alterações no código, matéria que deve ser avaliada no próximo mês de junho. Para Rafael Cruz, ambientalista do Greenpeace, os brasileiros foram excluídos deste debate. "Buscamos com essa atividade alertar e engajar a população contra as mudanças no Código Florestal. Queremos conversar com as pessoas, ouvir suas opiniões e saber o que pensa a população brasileira que ficou de fora da discussão sobre o futuro de nossas florestas”, diz.

O Greenpeace ainda organizou uma petição direcionada a Aldo Rebelo para que ele não o modifique. Quem participar da atividade na rua poderá assinar a petição durante a atividade e se juntar às mais de 60 mil pessoas que já assinaram. Os ruralistas reivindicam a revogação da lei e sua substituição por uma mais branda, flexível e adequada aos interesses do agronegócio, além da completa anistia aos crimes ambientais cometidos nas últimas cinco décadas.

Fim das reservas legais e mais desmatamento

Na prática, isto significaria a diminuição, ou até mesmo o fim, das reservas legais, mata nativa preservada dentro das propriedades, mais desmatamento em áreas de preservação permanente (APP), como margens de rio, encostas e topos de morro e a transferência para os estados da tarefa de legislar e cuidar das florestas tropicais.

“Ninguém mais aceita que a Amazônia seja destruída para dar lugar a plantações de soja e a atividades pecuárias, principalmente em ano eleitoral, quando esse projeto de lei pode virar moeda de troca para a obtenção de votos”, conclui o ambientalista Rafael Cruz.

Confira abaixo o vídeo do Greenpeace e conheça o famigerado "Homem Motoserra".


 

 

por Redação com Assessoria Greenpeace

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  • DANILO meu deus é uma tristeza vermos isso