Uma “Ação em Defesa da Vida” mobilizou uma equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), juntamente com representantes de entidades governamentais e não governamentais nos principais pontos da cidade.
O intuito foi prevenir e educar as famílias que, nesta época de Natal, saem às ruas para pedir esmolas e, assim, favorecem a exploração de crianças e adolescentes.
Uma equipe formada por psicólogas e assistentes sociais do programa Guardião abordou as famílias que estavam nas ruas e fez o cadastro daqueles que não estão inscritos em programas sociais ou não têm documentação. Para o coordenador do Guardião, César Souza, nessa época há um aumento considerável de pessoas que vão às ruas pedir, já que é Natal e todos ficam sensibilizados.
“A sociedade pode nos ajudar, não dando esmolas, já que fomenta a exploração de crianças e adolescentes que deveriam estar na escola e inseridos nos programas sociais. Porém, os pais preferem explorar essas crianças para ganhar um extra”, disse.
Para o coordenador do Núcleo da Criança e do Adolescente do Ministério Público Estadual (MPE/AL), promotor de Justiça Luiz Medeiros, essa ação é positiva no sentido de combater a exploração de crianças nas ruas, já que muitas delas participam de programas sociais como o Bolsa Família. “Inicialmente, essa ação é educativa mas, num próximo momento, será punitiva, já que é crime explorar crianças”, esclareceu.
A secretária municipal de Assistência Social, Sandra Arcanjo, que participou de toda ação educativa, disse que um dos principais problemas encontrados nessas abordagens é a falta de documentação, já que os documentos são essenciais para inseri-los nos programas sociais da Semas.
“Estamos trabalhando para minimizar a situação de exploração dessas crianças. É muito triste nos depararmos com essa realidade, mas a sociedade deve também fazer sua parte, não dando esmolas para que muitas famílias não explorem seus filhos”, disse.
por Roberto Lopes
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