24 Dezembro 2009 - 18:47

Semas e Ministério Público promovem Ação em Defesa da Vida

Fabiana Vasconcelos

Uma “Ação em Defesa da Vida” mobilizou uma equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), juntamente com representantes de entidades governamentais e não governamentais nos principais pontos da cidade.

O intuito foi prevenir e educar as famílias que, nesta época de Natal, saem às ruas para pedir esmolas e, assim, favorecem a exploração de crianças e adolescentes.

Uma equipe formada por psicólogas e assistentes sociais do programa Guardião abordou as famílias que estavam nas ruas e fez o cadastro daqueles que não estão inscritos em programas sociais ou não têm documentação. Para o coordenador do Guardião, César Souza, nessa época há um aumento considerável de pessoas que vão às ruas pedir, já que é Natal e todos ficam sensibilizados.

“A sociedade pode nos ajudar, não dando esmolas, já que fomenta a exploração de crianças e adolescentes que deveriam estar na escola e inseridos nos programas sociais. Porém, os pais preferem explorar essas crianças para ganhar um extra”, disse.

Para o coordenador do Núcleo da Criança e do Adolescente do Ministério Público Estadual (MPE/AL), promotor de Justiça Luiz Medeiros, essa ação é positiva no sentido de combater a exploração de crianças nas ruas, já que muitas delas participam de programas sociais como o Bolsa Família. “Inicialmente, essa ação é educativa mas, num próximo momento, será punitiva, já que é crime explorar crianças”, esclareceu.

A secretária municipal de Assistência Social, Sandra Arcanjo, que participou de toda ação educativa, disse que um dos principais problemas encontrados nessas abordagens é a falta de documentação, já que os documentos são essenciais para inseri-los nos programas sociais da Semas.

“Estamos trabalhando para minimizar a situação de exploração dessas crianças. É muito triste nos depararmos com essa realidade, mas a sociedade deve também fazer sua parte, não dando esmolas para que muitas famílias não explorem seus filhos”, disse.

 

por Roberto Lopes

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