16 Agosto 2019 - 08:48

Microssistemas de abastecimento de água vão beneficiar mais de 6 mil famílias

Divulgação
Governador Renan Filho e secretário Fernando Pereira inauguraram os primeiros equipamentos em São José da Tapera; projeto é piloto para o país

O Governo do Estado vai beneficiar mais de seis mil famílias que moram nas proximidades do Canal do Sertão com a implantação de microssistemas comunitários de abastecimento de água. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (15) pelo governador Renan Filho, durante a solenidade de inauguração dos primeiros equipamentos entregues na zona rural do município de São José da Tapera.

"Nós estamos fazendo a integração do Canal do Sertão com esses microssistemas de distribuição. É água para o consumo humano, de qualidade, direto na torneira e dentro das casas das pessoas", afirmou o governador, ressaltando que o programa será intensificado.

"Nós vamos trabalhar para construir mais microssistemas como esse para levar água a quem precisa. A gente estima algo em torno de seis mil famílias que estão às margens do Canal do Sertão e que precisam contar com esses microssistemas para levar água até suas casas", acrescentou.

O microssistema inaugurado nesta quinta-feira em São José da Tapera vai beneficiar 115 famílias dos povoados de Quixabeira, Salão e Laginha, onde ocorreu a solenidade. A tecnologia empregada capta a água bruta do Canal do Sertão, maior obra hídrica de Alagoas. O líquido, em seguida, passa por tratamento adequado para ser disponibilizado nas torneiras das casas dos moradores, pronto para o consumo. Cada família ainda ganhou um módulo sanitário.

O secretário de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Fernando Pereira, informou que além de São José da Tapera, o projeto atenderá outras 21 comunidades rurais espalhadas pelos municípios de Senador Rui Palmeira, Piranhas, Olho D’Água do Casado, Inhapi, Água Branca, Pariconha e Delmiro Gouveia.

"São mais de 1.100 sistemas em sete municípios e 21 povoados. Na próxima semana, a gente já pode inaugurá-los em outros povoados aqui de São José da Tapera: em Brejinho, Tingiu e, com mais 15 dias, na comunidade Gavião. Temos também na cidade de Delmiro Gouveia, na comunidade de Maria Cristina 1, 2 e 3. E seguiremos nas outras cidades de Pariconha, Água Branca, Olho D'Água do Casado e Senador Rui Palmeira", listou Pereira.

A implantação do projeto ocorreu por meio de parceria entre o Governo do Estado e o Ministério da Cidadania, com a participação da sociedade civil organizada no processo de execução dos trabalhos. Para Edilson Ramos, coordenador do projeto das tecnologias sociais, responsável pela instalação dos microssistemas, o modelo de distribuição de água implantado em Tapera aposenta de vez o caminhão-pipa nas três comunidades atendidas.

"Esse programa é piloto para o país. Trata-se de um projeto de tecnologia social. A água é captada do Canal do Sertão, tratada e segue por sete quilômetros por gravidade levando o líquido à torneira de cada família. O mais importante também é que cada uma delas ainda ganhou um módulo sanitário. Aqui, 90% da população não possuía banheiro", revelou.

O prefeito de São José da Tapera, José Antônio Cavalcante, destaca que além de beneficiar os moradores com água tratada, o microssistema reduz os gastos da prefeitura com a contratação de caminhões-pipa, usados emergialmente em períodos de estiagem.

"Isso com certeza vai amenizar e dar um fôlego muito grande para o município. Só no mês de junho, nós colocamos uma média de 1.200 caminhões-pipa de água com recursos da prefeitura. Então, cada sítio que vai sendo beneficiado com esse sistema, com certeza é uma despesa a menos para a prefeitura. Sem contar na qualidade de vida da população", afirmou o gestor.

O trabalhador rural aposentado José Oliveira dos Santos, 65 anos, mais conhecido como "Borboleta", compara o antes e o depois da instalação do microssistema de abastecimento no povoado Laginha, onde mora. "Eu nasci e me criei aqui. A minha vida toda foi pegando água de cacimba, salgada, para tomar banho, beber e lavar pano... Era só mexendo com água que não tinha futuro, mas hoje temos água tratada na torneira e dentro de casa. Tá bom demais. Melhor do que isso, só nascendo de novo", disse Borboleta, que se locomove com dificuldade, apoiado numa muleta, por problemas na coluna.

por Agência Alagoas

Comentários comentar agora ❯