11 Novembro 2019 - 21:29

Agentes discutem promoção à saúde para adolescentes em Maceió

Buscando discutir estratégias para o fortalecimento do trabalho com adolescentes nas unidades de saúde, a coordenação do Programa de Atenção à Saúde Integral do Adolescente e Jovem, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizou nesta segunda (11), no auditório do órgão, uma roda de conversa com os agentes comunitários de saúde do I ao IV Distrito Sanitário da capital.

De acordo com Cássia Carvalho, coordenadora do Programa, o objetivo é discutir junto a esses agentes as buscas ativas realizadas junto a esses adolescentes. “O agente comunitário é uma peça importante na assistência à saúde do adolescente, pois é ele que entra nas casas e faz a busca ativa dessa população e os estimula a frequentarem as unidades para cuidarem de sua saúde. Então é preciso pensar em estratégias possíveis dentro do universo que eles trabalham”, afirmou.

No primeiro momento da manhã foi realizada uma dinâmica com os agentes sobre mitos e verdades relacionados à política de saúde do adolescente. A segunda parte ficou por conta da coordenação de Alimentação e Nutrição, que realizou uma palestra sobre práticas alimentares com foco nos malefícios dos alimentos processados e, ao fim, a Gerência de Saúde Mental discutiu sobre questões relacionadas à saúde mental desses adolescentes como depressão, suicídio e automutilação.

Para a coordenadora do programa, esses são temas muito pertinentes para serem trabalhados pelos agentes de saúde. “O adolescente quase não vai à unidade, exceto por questões de gravidez ou saúde bucal; então, questões de sexualidade, depressão, suicídio uso de drogas são questões sensíveis e que estão muito presentes no universo dos adolescentes. Então, precisamos instrumentalizar esses agentes comunitários para detectar os adolescentes mais vulneráveis, melhorando a assistência desse público”, destacou Cássia Carvalho.

O evento também contou com a presença de Cauê Assis, estudante de psicologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e homem trans, que falou um pouco sobre questões de gênero e diversidade sexual, assim como os principais desafios a que a saúde pública deve estar atenta no acolhimento dessas pessoas. “Os serviços de saúde devem pensar em questões além da terapia hormonal, mas também no acolhimento dessas pessoas, no uso do nome social, e, sobretudo, em questões de saúde mental, pois o suicídio e a automutilação que muitas vezes ocorrem são devidos ao preconceito enfrentado”, explicou.

Na quarta (13), serão os agentes do VI ao VIII Distrito Sanitário que participarão da capacitação.

Política de Saúde do Adolescente

Em 2006, o Ministério da Saúde (MS) lançou a Política Nacional de Saúde do Adolescente, que contém informações sobre promoção, prevenção e recuperação dos agravos que podem acometer os adolescentes e as principais formas de prevenção, garantindo assistência integral a esse público.

A Política Nacional de Saúde do Adolescente tem três eixos prioritários: crescimento e desenvolvimento saudáveis, redução de morbimortalidade por causas externas (acidentes, violência e drogas), saúde sexual e reprodutiva.

por Secom - Maceió

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